Banco Central vê novo estouro da meta de inflação em 2022
A instituição ainda afirma que haverá um aumento menor da Selic em março. Na semana passada, a taxa de juros passou para 10,75%
atualizado
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ultrapassar a meta de 5% até o fim do ano, chegando a 5,4%. Caso isso ocorra, o país terá estourado o teto de inflação pelo segundo ano consecutivo.
A informação consta na ata da última reunião do Copom. No documento, a instituição ainda afirma que haverá um aumento menor da Selic em março. Na semana passada, a taxa básica de juros foi elevada de 9,25% para 10,75% ao ano.
Segundo a autarquia, a decisão de subir os juros é “compatível com a convergência da inflação para as metas ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos-calendário de 2022 e, em grau maior, o de 2023”.
A Selic é o principal instrumento do BC para conter o aumento de preços. Quando a inflação está alta, a instituição eleva os juros, desta forma influencia a queda de preços pela desancoragem das expectativas do consumidor.
Em 2022, a meta central de inflação é de 3,5% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%. Com isso, o BC reforçou que a inflação deve retornar para a meta somente em 2023, quando o teto de inflação foi fixado em 3,25%, e será considerado cumprido se oscilar entre 1,75% e 4,75%.