Banco Central prevê que inflação fechará 2021 acima de 10%
O centro da meta de inflação em 2021 é de 3,75%. Seria considerada cumprida, entretanto, se ficasse entre 2,25% e 5,25%
atualizado
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O Banco Central divulgou nesta quinta-feira (16/12) um relatório que aponta um aumento de 8,5% para 10,2% da estimativa de inflação para o fim de 2021, calculada com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Com esse anúncio, a instituição monetária admitiu oficialmente que a inflação ficará acima de 10% pela primeira vez desde 2015, ano em que o índice resultou em 10,67%. Além disso, o BC repetiu que a meta não será cumprida neste ano.
O centro da meta de inflação, em 2021, é de3,75%. Seria considerada cumprida, entretanto, se ficasse entre 2,25% e 5,25%. Mas as projeções indicam que o resultado final será bem acima do teto estabelecido pelo governo. Quando isso ocorre, o BC é obrigado a escrever uma carta pública formalizando as razões.
A autarquia adiantou que a disparada da inflação é a soma do seguinte cenário:
- Crise energética
- Alta do dólar
- Aumento dos preços das commodities, como alimentos, minérios e petróleo.
Anos futuros
Para os próximos anos (2022 e 2023,) o BC vê uma inflação de, respectivamente, 4,7% e de 3,2%. Em 2022, a meta central é de 3,5% e será oficialmente cumprida se ficar entre 2% a 5%. Já em 2023, o objetivo é de 3,25%, sendo cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.