Auxílio de R$ 600 foi pago indevidamente a 1,3 mil servidores distritais
Servidores públicos não estão autorizados a receber o benefício. Governo gastou, equivocadamente, R$ 939 mil com funcionários do DF
atualizado
Compartilhar notícia
Cerca de 1,3 mil servidores públicos distritais receberam, de forma irregular, o auxílio emergencial de R$ 600, apurou a Controladoria-Geral da União (CGU).
O governo federal gastou R$ 939 mil com esse grupo de servidores. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (18/06). Confira aqui o restante.
No total, foi pago indevidamente R$ 222,9 milhões a mais de 317 mil servidores municipais, estaduais e federais. Legalmente, nenhum deles está autorizado a receber.
O estado que teve mais servidores recebendo o benefício de forma indevida foi o Maranhão, com 84 mil irregularidades nos âmbitos municipal e estadual.
O benefício foi criado para auxiliar famílias de baixa renda durante a pandemia da Covid-19, trabalhadores informais, autônomos e microempreendedores individuais (MEIs).
A CGU ressaltou, em nota, que é possível que os servidores não tenham feito solicitação do benefício emergencial.
Isso porque eles podem ter sido incluídos de forma automática por estarem no Cadastro Único (CadÚnico) ou por serem beneficiários do Bolsa Família.
Há ainda a possibilidade de que o CPF tenha sido inserido como solicitante do auxílio de forma indevida por outra pessoa e não necessariamente pelo próprio servidor.
Os resultados foram encaminhados aos órgãos estaduais e municipais responsáveis pelas bases fornecidas à CGU para tratamento, bem como ao Ministério da Cidadania.
“O objetivo do trabalho é evitar desvios e fraudes, garantindo que o benefício seja pago a quem realmente se enquadra nos requisitos definidos para o seu recebimento”, informou a CGU.