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Auxílio de R$ 600: 30 milhões não receberam 1ª parcela. Entenda

Desse total, 11,2 milhões de cidadãos foram considerados elegíveis, mas seguem sem receber a ajuda. O restante está em análise

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Trabalhadores informais
1 de 1 Trabalhadores informais - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Quarenta e um dias após o governo anunciar a proposta, pelo menos 11,2 milhões de brasileiros ainda não receberam a primeira parcela do auxílio emergencial de R$ 600, apesar de já estarem autorizados a ganhar o benefício. O número equivale a 22% do total considerado elegível. O pagamento deve ser feito nos próximos dias. Além disso, outros 18,8 milhões de informais aguardam a análise da Dataprev ou precisam revisar os dados apresentados no aplicativo.

Hoje, portanto, há 30 milhões de brasileiros à espera da primeira ajuda para enfrentar esse momento, contrariando o sentido de urgência do benefício. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nessa segunda-feira (27/04), contudo, que poucos brasileiros ainda não receberam o auxílio emergencial.

“Faltam poucas pessoas para serem pagas”, disse o chefe do Executivo, ao se posicionar contra a ampliação do benefício de R$ 600. O projeto que estende o auxílio a outras categorias foi aprovado no Senado, mas precisa de sanção presidencial para começar a valer.

O governo anunciou o projeto no dia 18 de março em meio ao avanço da pandemia do novo coronavírus. Desde então, as críticas se intensificaram por causa da demora para fazer o benefício chegar às pessoas mais necessitadas.

Pagamento

A Caixa Econômica Federal efetuou, até a noite dessa segunda-feira (27/04), o pagamento do auxílio emergencial para 39,1 milhões de pessoas.

Esse grupo inclui tanto os beneficiados inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) quanto os trabalhadores informais e MEIs que fizeram o cadastro no site ou aplicativo da Caixa.

Aprenda aqui o passo a passo de como fazer o cadastro para obter o auxílio emergencial de R$ 600.

A Dataprev, contudo, considerou aptos os CPFs de mais de 50,3 milhões de pessoas. Assim, 11,2 milhões estão aptos para receber, mas aguardam o pagamento.

A Caixa paga nesta terça-feira mais 5,1 milhões de cidadãos, sendo 3,2 milhões de informais. Essas pessoas estavam com o cadastro em análise. A Dataprev enviou o novo lote à Caixa nesse domingo (26/04).

Além desses informais, outros 1,9 milhões de brasileiros que estão no Bolsa Família e cujo número final do NIS é 8 recebem o pagamento da primeira parcela também nesta terça-feira.

Em análise

Dos 18,8 milhões de informais que têm chances receber a primeira parcela, 5,15 milhões estão sendo analisados pela Dataprev e outros 13,6 milhões precisam de revisão cadastral.

A Dataprev informou que trabalha na homologação desses cadastros, que inclui ainda trabalhadores que fizeram a inscrição no site entre 7 e 10 de abril.

Veja a divisão desse grupo de 5,15 milhões de informais por período de inscrição:

  • 1,7 milhão: de 7 a 10 de abril;
  • 300 mil: de 11 a 17 de abril;
  • 3,15 milhões: de 18 a 22 de abril.

A outra parte, que necessita de revisão cadastral, foram analisados, mas tiveram os dados considerados “inconclusivos”.

Ao informar a situação, a Caixa não explica qual o problema específico. Contudo, apresenta uma série de situações que podem ter acontecido. Veja:

  • marcação como chefe de família sem indicação de nenhum membro;
  • falta de inserção da informação de sexo;
  • inserção incorreta de dados de membro da família, tais como CPF e data de nascimento;
  • divergência de cadastramento entre membros da mesma família;
  • inclusão de alguma pessoa da família com indicativo de óbito.

Neste caso, o banco permite ao cidadão contestar o resultado e realizar nova solicitação. A opção está disponível desde a semana passada.

Tire suas dúvidas sobre como, quando e onde receber o auxílio emergencial de R$ 600.

Outro lado

Procurada, a Caixa informou que, para saber o resultado da análise, a pessoa que solicitou o benefício pode consultar pelo aplicativo, pelo site ou pela central telefônica exclusiva 111.

Linha histórica e a demora para pagar

O Ministério da Economia anunciou o auxílio emergencial no dia 18 de março. Inicialmente, a proposta era pagar três parcelas mensais de R$ 200.

Durante a discussão no Congresso, os parlamentares aumentaram o valor da proposta para R$ 600. O projeto foi aprovado no Senado e enviado à sanção presidencial no dia 30.

Demorou 72 horas, porém, para que o presidente Bolsonaro sancionasse a legislação, apesar da pressa dos brasileiros para receber o pagamento do benefício.

“Serão mais de 54 milhões de brasileiros assistidos”, declarou Bolsonaro, em rede social, ao anunciar a edição da Medida Provisória (MP).

O primeiro grupo a ser contemplado com o auxílio emergencial recebeu a primeira parcela do último dia 9.

Na semana passada, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, chegou a anunciar o adiantamento da segunda parcela do benefício, prevista anteriormente para essa segunda-feira.

O governo, porém, recuou e não cumpriu a promessa. Segundo o Ministério da Economia, faltou dinheiro.

Com isso, a pasta não somente cancelou o adiantamento, como decidiu adiar o calendário da segunda parcela, que permanece indefinido.

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