Autonomia do BC vai contribuir para o maior controle da inflação, prevê CNI
Presidente do órgão, Robson Andrade, elogiou também a publicação da MP que autoriza bancos a dispensar exigências para liberar empréstimos
atualizado
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A presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, elogiou, em notas divulgadas nesta quinta-feira (11/2), a aprovação da autonomia do Banco Central (BC), bem como a publicação da Medida Provisória (MP) 1.028, que autoriza bancos a dispensar exigências para liberar empréstimos.
Sobre a aprovação na Câmara dos Deputados do projeto que prevê autonomia para o BC, a CNI avalia que a medida aumentará a credibilidade da instituição e a eficácia da política monetária. Além disso, deverá contribuir para o maior controle da inflação, que poderá ser feito por meio de taxas de juros mais baixas.
“A nova legislação colocará o Brasil em linha com a experiência internacional. O BC autônomo também é importante para a adesão do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE). Esse tipo de avanço institucional é também uma prova da robustez da democracia brasileira”, disse Andrade.
Por sua vez, a MP 1.028 é vista pelo presidente da confederação como positiva por mitigar impactos da crise econômica sobre as finanças do setor produtivo enquanto a recuperação consistente da economia não ocorre. A medida facilita o acesso ao crédito da população e das empresas para abrandar os problemas da pandemia.
Empresas e empregos
A MP dispensa bancos públicos e privados, até 30 de junho de 2021, de exigir dos clientes uma série de documentos de regularidade – como a comprovação de quitação de tributos federais, a certidão negativa de inscrição na dívida ativa e a certidão de quitação eleitoral – na hora de contratar ou renegociar empréstimos.
A CNI lembra que esse tipo de iniciativa emergencial se mostrou essencial para evitar a falência de empresas e o consequente aumento do emprego durante os período mais agudo da crise econômica, em 2020. Dessa maneira, agora é mais fácil honrar compromissos financeiros enquanto não há retomada mais consistente da economia.
“A indústria tem buscado sensibilizar o poder público para a importância de se estender medidas emergenciais enquanto nossa economia vive esse período de transição, no qual as empresas ainda não retomaram as atividades em plena capacidade”, afirmou Andrade, ao acrescentar ser necessário recuperar a confiança na economia brasileira.