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Atuação do BC favorece correção e dólar cai 3,98%

O dólar à vista no balcão caiu 3,98%, fechando a R$ 3,2521, após tocar a mínima de R$ 3,2436 durante a sessão

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Após marcar na véspera o terceiro pior pregão da história, perdendo apenas para os episódios registrados durante a maxidesvalorização de 1999, o dólar teve um movimento de correção nesta sexta-feira, 19. Operadores citam que o pânico da véspera, em função do escândalo envolvendo o presidente Michel Temer e os sócios da JBS, pode ter sido exagerado. Ainda assim, ninguém arrisca dar um palpite sobre o futuro do câmbio no curto prazo.

O dólar à vista no balcão caiu 3,98%, fechando a R$ 3,2521, após tocar a mínima de R$ 3,2436 durante a sessão. Na semana, a moeda avançou 4,09%. O giro registrado pela clearing de câmbio da B3 hoje foi de US$ 2,202 bilhões. O dólar futuro para junho recuava 3,74% por volta das 17h15, a R$ 3,2560. O volume de negócios era de US$ 29,629 bilhões. No exterior o dólar também perdia terreno ante outras moedas emergentes e de países exportadores de commodities, como a lira turca (-1,34%), o rublo russo (-1,21%) e o rand sul-africano (-1,28%).

O caso envolvendo Temer e Joesley Batista não esmoreceu nem um pouco hoje. Foram divulgados o pedido de abertura de inquérito feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, e vídeos da delação premiada.

A PGR viu indícios de corrupção passiva e obstrução à Justiça na conduta de Temer. Segundo Janot, o presidente deu anuência ao pagamento de propina para o deputado cassado Eduardo Cunha. “Joesley afirma que tem procurado manter boa relação com o ex-deputado, mesmo após sua prisão. Temer confirma a necessidade dessa boa relação: ‘tem de manter isso, viu’. Joesley fala de propina paga todo mês, também ao Eduardo Cunha, acerca da qual há a anuência do presidente”. Já Fachin afirmou que caberia uma investigação sobre Temer a fim de evitar dissipação de provas. “As gravações foram ratificadas e elucidadas em depoimento prestado perante o MP”, disse.

Em dois leilões de swap realizados hoje, o BC negociou o equivalente a US$ 2,4 bilhões com o mercado financeiro. No primeiro, vendeu 40 mil contratos (US$ 2 bilhões). Esta operação, que representa “dinheiro novo”, teve como foco manter a liquidez do sistema. No segundo leilão, a instituição vendeu 8 000 contratos (US$ 400 milhões). Neste caso, o objetivo foi a rolagem dos contratos que vencem no início do próximo mês. O BC já informou que pelo menos até a próxima terça-feira (23) continuará realizando leilões diários de novos contratos de swap, em montantes de 40.000 contratos (US$ 2 bilhões).

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