Atividade econômica cresceu no Norte e Centro-Oeste em 2020, diz BC
Apesar da pandemia da Covid-19, a região Norte cresceu 0,4% no ano passado. Enquanto, isso, no Centro-Oeste, avançou 0,2%
atualizado
Compartilhar notícia
Apesar do tombo de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB), anunciado na quarta-feira (3/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), regiões como Norte e Centro-Oeste registraram alta no nível da atividade econômica em 2020, de acordo com o Banco Central (BC).
A região Norte, por exemplo, cresceu 0,4% no ano passado. Enquanto isso, no Centro-Oeste, a atividade econômica avançou 0,2%.
No Norte, o bom resultado, de acordo com a instituição, deve-se ao aumento da renda familiar promovida pelo auxílio emergencial, benefício que atingiu 57% dos domicílios da região e ajudou famílias de baixa renda diante da crise econômica ocasionada pela pandemia da covid-19.
“Adicionalmente, a agricultura, com alta de 5,2% na produção de grãos, e a construção civil, que totalizou geração de 9,3 mil vagas de emprego formal, impulsionaram o resultado. A indústria apresentou comportamento distinto entre os ramos: a extrativa assinalou modesta expansão, enquanto a transformação foi bastante afetada pela crise sanitária”, afirmou o boletim.
Produção de alimentos
Na região Centro-Oeste, o desempenho da atividade econômica avançou devido à produção de alimentos, que em 2020 teve uma safra recorde de grãos e alta na produção de soja e carne. “A produção agrícola registrou elevação nas colheitas dos três principais grãos (soja, milho e algodão) e houve crescimento na fabricação de alimentos”, informou o documento.
No entanto, na região Sudeste foi registrado um recuo de 1,3% na atividade econômica em comparação com 2019.
O BC explicou que “no setor de serviços, o segmento de atendimento às famílias permaneceu deprimido. No entanto, os serviços financeiros, fortemente concentrados na região, tiveram alta significativa, refletindo a maior demanda das empresas por recursos, face à redução dos fluxos de caixa, e o acesso às linhas especialmente criadas para combate aos efeitos econômicos da pandemia”, justificou.
Os números do boletim regional do BC provêm do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) e consistem em estimativas para o desempenho de setores como agropecuária, serviços, indústria e os impostos arrecadados pela região.