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Assessor de Guedes é denunciado por prejuízo em fundos de pensão

MPF acusa ex-administradores da Petros, Funcef, Previ e Valia de terem causado prejuízos de R$ 5,5 bilhões ao investirem na Sete Brasil

atualizado

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Ex-ministro do Planejamento de Michel Temer Esteves Colnago - Metrópoles
1 de 1 Ex-ministro do Planejamento de Michel Temer Esteves Colnago - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metropoles

Esteves Pedro Colnago Junior, assessor do ministro da Economia, Paulo Guedes, foi denunciado pela força-tarefa da Operação Greenfield, no Ministério Público Federal, nesta quinta-feira (09/01/2020). Ele é acusado de gestão temerária na aprovação de investimento na empresa Sete Brasil, que construía sondas para a exploração do pré-sal.

Colnago, que era secretário especial adjunto de Fazenda do Ministério da Economia, foi transferido nesta quinta para o gabinete de Guedes. Ele será chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais do Ministério da Economia e trabalhará na articulação do Executivo com o Congresso Nacional.

Ao Metrópoles, a pasta chefiada por Guedes informou que Conalgo está à disposição da força-tarefa da Greenfield para prestar os esclarecimentos relacionados à gestão dos fundos de pensão. “O assessor esclarece que todas as atividades exercidas como membro do Conselho Deliberativo do Fundação dos Economiários Federais (Funcef) ocorreram em consonância com o regimento interno e demais normas legais.”

A nota informa ainda que está em tramitação na Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) um processo no âmbito administrativo de semelhante teor, no qual Esteves Conalgo já apresentou defesa.

Além de Esteves Colnago, outros 28 ex-gestores dos fundos de pensão Petros, Funcef, Previ e Valia foram denunciados. O investimento, segundo os procuradores, causou aos fundos um prejuízo que já alcança R$ 5,5 bilhões.

Na denúncia, o MPF pede “a reparação econômica e moral das vítimas em valor equivalente ao triplo do prejuízo causado aos fundos”, ou seja, mais de R$ 16 bilhões. Eles são acusados de terem cometido os crimes entre 2011 e 2012, mas com efeitos até 2016, quando foram feitos os últimos aportes. Para os investigadores, os ex-gestores ignoraram os riscos do investimento.

“Quando da contratação do segundo lote de 21 sondas, já havia dúvidas objetivas sobre a capacidade de construir, tempestivamente, as sete primeiras sondas, que deveriam ser construídas no Estaleiro Atlântico Sul com a ajuda do sócio estratégico Samsung”, escrevem os investigadores na denúncia.

“No começo de 2012, já havia atraso no cronograma da construção das primeiras sondas, o que foi ainda mais agravado quando o sócio que detinha a expertise, a Samsung, abandonou o projeto e vendeu sua participação no Estaleiro”, explicam ainda os procuradores.

 

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