metropoles.com

Araújo: acordo com UE insere Brasil nas cadeias de produção globais

Na avaliação do chanceler, o Brasil tem chance de se tornar uma potência econômica

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Ernesto Araújo
1 de 1 Ernesto Araújo - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse, nesta terça-feira (02/07/2019), que o acordo com a União Europeia reposicionará o Brasil no comércio internacional. Para ele, o país estava ausente das “grandes cadeias” de negócio e de ideias.

“O acordo abre uma nova visão de inserção de um Brasil grande, no centro das grandes decisões mundiais e que abre a sua economia para negociações. Enxergamos um país com recursos naturais, a bênção da potência energética e que se dedica a atrair tecnologia de ponta”, destacou.

Ele acredita que o acordo ajudará a melhorar a economia e reposicionar o país no comércio internacional. “Vai transformar o Brasil em uma potência mundial”, frisou.

O acordo só foi possível, segundo Ernesto, depois da “desideologização” dos blocos e da valorização da identidade nacional dos países que participam dos grupos. “Víamos a União Europeia impondo o modelo supranacional e que estávamos comprando um modelo de integração. Somos um bloco intergovernamental, não supranacional”, ponderou.

O ministro ainda destacou que serão fechados mais dois pactos internacionais no segundo semestre. Araújo citou Estados Unidos, Singapura, Coreia, Japão, Arábia Saudita, Israel, Canadá e os países que não fazem parte da União Europeia como exemplos. “Passamos a estar no centro”, concluiu.

“O trabalho (de negociação) se intensificou nos últimos seis meses, por uma mudança de postura do Mercosul e também do Brasil”, disse Araújo.

Nesta terça-feira (02/07/2019), a França disse que não está preparada para ratificar o pacto. Araújo minimizou o efeito do entendimento. “Esse tipo de declaração é mais importante para o público interno (do país). O acordo tem uma série de interesses dos dois lados. Cabe à comissão europeia esclarecer os pontos aos seus países”, resumiu.

O Itamaraty coordena as relações do bloco. Participaram da empreitada os ministérios da Economia e da Agricultura. O processo já se arrastava por 20 anos.

O acordo firmado na última sexta-feira (28/06/2019) zera tarifas para importantes produtos agrícolas exportados pelo Brasil, como suco de laranja, frutas e café solúvel.

As taxas para exportar produtos industriais também serão eliminadas. Haverá ainda cotas para a venda de carnes, açúcar e etanol.

Os países do Mercosul vão zerar o imposto de importação para carros fabricados na União Europeia num prazo de 15 anos.

O acerto também vai reconhecer como itens provenientes do Brasil vários produtos, a exemplo de cachaças, queijos, vinhos e cafés.

O pacto ainda não tem data para entrar em vigor, precisa ter um texto final e ser aprovado pelos congressos dos países envolvidos.

O tratado é o mais ambicioso já feito pelo grupo de países sul-americanos. Até então, só existiam acordos de livre-comércio com países de pouca expressão no comércio internacional, como Israel, Palestina e Egito.

Na Europa , esse é o segundo maior acordo acertado, atrás somente do firmado com os japoneses. O pacto entre os blocos representa 25% do PIB mundial e engloba 750 milhões de pessoas.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?