Appy: “Reforma tributária deve elevar poder de compra em 10%”
Economista diz que estados terão uma base tributária maior, pois cobrarão suas alíquotas unificadas sobre uma gama maior de bens e serviço
atualizado
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O economista Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), disse nesta terça-feira (21/05/2019) que a reforma tributária pode, se aprovada, elevar o poder de compra dos brasileiros em ao menos 10% num horizonte de 15 anos.
A proposta de reforma, apresentada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e baseado nos estudos do CCiF, unifica três tributos federais (IPI, PIS e Cofins) e o ICMS e o ISS num único tributo, batizado de Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS), de competência federal, estadual e municipal.
Além disso, haverá um outro imposto sobre bens e serviços específicos, de competência apenas da União.
Haverá um período de transição, sobretudo para evitar perdas substantivas de receitas para estados e municípios. Appy argumentou, porém, que os governos regionais terão uma base tributária maior, pois cobrarão suas alíquotas unificadas sobre uma gama maior de bens e serviços. “Todos os estados e municípios do país serão ganhadores com essa reforma”, afirmou.
O economista disse ainda que a mudança resolve todas as distorções de impostos indiretos no país, melhoria no ambiente de negócios e vai proporcionar o aumento dos investimentos.
Alocar recursos
Appy explicou também que, neste modelo, não há concessão de benefício fiscal nem da União, nem de estados e municípios. “É um imposto para arrecadar”, afirmou.
“O que se propõe no lugar dos benefícios é alocação de recursos absolutamente clara. A ideia é alocar recursos que explorem vocações regionais”, disse, afirmando que essa será uma escolha política.