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Após pesquisas eleitorais, dólar cai e recupera patamar de R$ 3,90

Analistas aguardam para esta quarta-feira (3/10) nova pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo, que deve interferir mais uma vez no valor da moeda

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Após as pesquisas eleitorais reforçarem o fortalecimento do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) nas intenções de voto e apontarem distância ainda maior entre ele e Fernando Haddad (PT), o dólar é negociado em suas mínimas, abaixo dos R$ 3,82, com queda de mais de 2%. No entanto, a moeda norte-americana recuperou ainda nesta tarde a o nível de R$ 3,90, mesmo assim o real é a segunda moeda emergente que mais se valoriza ante a norte-americana, em primeiro está o peso argentino.

A Bolsa abriu o pregão com alta de mais de 4% e chegou a superar o patamar dos 85 mil pontos. Os papéis da Petrobras, por exemplo, têm valorização de 11%.

Às 10h38, a Bolsa tinha alta de 3,72%, aos 84.620,02 pontos. No mesmo horário, o dólar recuava 2,26%, cotado a R$ 3,8415. No pregão desta quarta-feira (3/10), o mercado deve dar continuidade ao rali que começou na terça-feira (2), a quatro dias do primeiro turno das eleições. Os analistas aguardam ainda para esta quarta nova pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo, sobre a corrida presidencial, que deve sair por volta das 19h.

No pregão de terça, o mercado reagiu ao Ibope/Estado/TV Globo, que mostrou também avanço de Bolsonaro, e o dólar fechou abaixo de R$ 4,00. Já a Bolsa fechou com alta de 3,80%, a maior variação porcentual desde 7 de novembro de 2016 (+3,98%).

Especialistas entrevistados pelo Estadão/Broadcast avaliam que a chance de uma vitória de Bolsonaro no primeiro turno existe, mas é pequena. O entusiasmo do mercado local, no entanto, não é o mesmo dos investidores estrangeiros, que veem a vitória do candidato do PSL com preocupação.

Para analistas, o que mais surpreendeu não foi o avanço de Bolsonaro, mas sim o aumento expressivo da rejeição de Haddad, que subiu 11 pontos, para 38%, enquanto a aversão ao candidato do PSL se manteve estável em 44%. “Há uma preocupação muito grande do mercado com a agenda de candidatos de esquerda em relação à questão fiscal e ao tamanho do Estado”, diz Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper. (Com informações da Folha de S. Paulo e agência Estado)

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