metropoles.com

Após falhas, INSS planeja zerar fila de espera em até seis meses

Dois milhões de brasileiros aguardam a concessão de benefícios. Problemas começaram após a reforma da Previdência

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
Previdência Social
1 de 1 Previdência Social - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) organiza cronograma para que a fila de espera de 2 milhões de pedidos de benefícios seja zerada. Desde a reforma da Previdência, o órgão enfrenta dificuldades na análise dos requerimentos. Esta é a primeira vez em que o governo estabelece prazo para resolver a situação.

Do volume total, 1,4 milhão é de pedidos de aposentadorias — o equivalente a 74%. O restante são requisições de Benefício de Prestação Continuada (BPC) — pago a idosos e pessoas com deficiência —, auxílio-doença e salário-maternidade, entre outros.

Levantamento preliminar do órgão mostra que cerca de 500 mil solicitações estão paradas aguardando complementação de documentos do beneficiário.

A quantidade de análises a serem feitas tem preocupado o alto escalão do órgão. A legislação prevê que nenhum segurado deve esperar mais do que 45 dias para ter o pedido de benefício analisado pelo INSS. Hoje, o prazo supera 120 dias.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, publicada nesta sexta-feira (10/01/2020), Renato Vieira, presidente do INSS, afirmou que o governo tem cobrado soluções para o problema.

“Em cerca de seis meses, o estoque estará reduzido a 900 mil, que é o nosso fluxo mensal de pedidos. A expectativa é de que o tempo de espera já esteja dentro do prazo legal de 45 dias”, garantiu.

Hoje, esse prazo está em 120 dias. Quando há atraso na análise do benefício, o governo tem prejuízo porque precisa pagar os valores retroativos com correção monetária. Prejuízo para o INSS.

A desaceleração ocorre, segundo o INSS, porque o novo sistema do órgão com as mudanças aprovadas na reforma da Previdência ainda não está funcionando adequadamente.

O governo desenha uma espécie de força-tarefa para desafogar a fila de espera. Entre as alternativas avaliadas, está o remanejamento de servidores que cuidam de aposentadorias em outros ministérios para ajudar no trabalho.

Em último caso, o governo cogita a contratação de terceirizados para atuar no atendimento ao público nas agências do INSS. Com isso, funcionários do órgão ficariam liberados para trabalhar nas análises dos benefícios.

Desde o ano passado, o governo tenta reequilibrar o quadro de servidores do INSS. O Ministério da Economia remanejou 319 servidores da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que será extinta, para o órgão. Neste mês, o processo se repetiu, mas em menor escala.

“Nosso foco é reforçar a busca por força de trabalho em outros órgãos, sobretudo estatais. A terceirização é solução viável, factível e necessária para serviços de apoio”, destacou Vieira.

Técnicos avaliam que dois fatores degringolaram a situação: a fila de pedidos de benefícios herdada de 2018 e a demora do Dataprev no desenvolvimento do novo sistema com as regras da reforma.

O INSS suspendeu a análise de pedidos de segurados feitos após a promulgação da reforma da Previdência, ou seja, desde o último dia 13 de novembro. A medida pode prejudicar, sobretudo, quem está sem emprego e tem direito ao benefício.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?