metropoles.com

Após fake news, transações por Pix se aproximam da estabilidade

Mesmo que o número de transações ainda não esteja na média histórica, a queda vem diminuindo, indicando a proximidade da estabilidade

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Breno Esaki/Metrópoles
Mão segura celular, com tela branca escrita Pix, em frente à sede do Banco Central - Metrópoles
1 de 1 Mão segura celular, com tela branca escrita Pix, em frente à sede do Banco Central - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Após as notícias falsas sobre a inexistente taxação do Pix, o volume de transações se aproximou da estabilidade nesta semana. Na segunda quinzena de janeiro, de 16 a 28, o número de movimentações chegou a 2,08 bilhões, um recuo de 0,48% em relação ao mesmo período de novembro de 2024.

Mesmo que o volume de transações ainda apresente queda, os dados são positivos, uma vez que, ao se comparar a primeira quinzena de janeiro com a primeira quinzena de novembro de 2024, o recuo havia sido de 6,7%. Ou seja: segundo os dados, a queda vem diminuindo, indicando a proximidade da estabilidade.

Os dados estão disponíveis no Sistema de Pagamentos Instantâneo (SPI) do Banco Central (BC).

O levantamento leva em consideração as estatísticas do dia seguinte à revogação da medida que ampliava o monitoramento de transações financeiras pela Receita Federal até esta terça-feira (28/1).


A polêmica do Pix

  • Antes de ser revogada, a instrução normativa da Receita Federal previa que transações via Pix que somassem pelo menos R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas (as empresas) seriam informadas ao Fisco.
  • Desde o lançamento do Pix, em 2020, essa modalidade de pagamentos é informada à Receita. Segundo o órgão, as normas sempre foram as mesmas, sendo apenas incluído o sistema de pagamentos.
  • Não está prevista uma “taxação do Pix”, pois a Constituição proíbe imposto sobre movimentações financeiras.
  • Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alertou para as notícias falsas sobre o Pix. A federação esclareceu que a Receita não passará a exigir nenhuma nova responsabilidade dos usuários do Pix (pagadores e recebedores).
  • Após uma série de fake news, o governo federal anunciou, em 15 de janeiro, a revogação da instrução normativa do Fisco.
  • O Banco Central diz que a redução nos números da 1ª quinzena de janeiro de 2025 em relação a dezembro de 2024 se deve à sazonalidade de início de ano.

Entre os dias 16 e 28 de janeiro de 2025, houve 2,08 bilhões de transações, sendo movimentados R$ 809 milhões nesse intervalo. No mesmo período de novembro de 2024, foram feitas 2,09 bilhões de transações, com movimentação de R$ 849,4 milhões.

No intervalo de 16 a 28 de dezembro de 2024, foram realizadas quase 2,39 bilhões de transações, onde R$ 1,02 bilhão foi movimentado. Em dezembro, historicamente há um pico de transferências devido ao pagamento do 13º salário, das compras de Natal e das férias de fim de ano. Em razão disso, o período mais apropriado de comparação é com o mesmo período de novembro.

Técnicos não veem relação

Apesar da disseminação de fake news sobre o Pix, técnicos do BC sustentam que os meses de dezembro sempre registram um aumento de operações de pagamentos via Pix (em torno de 20% de aumento em relação a novembro). Isso ocorre em razão do pagamento do décimo terceiro e das compras de Natal. Já na passagem para janeiro, costuma ocorrer uma queda entre 5% e 10%.

Nos bastidores, fontes da autoridade monetária também lembram que a série histórica do Pix é curta, o que dificulta análises mais amplas. Ano a ano, tem ocorrido um aumento de cerca de 30% no uso do Pix, dada a forte adesão ao sistema.

Para quem analisa os dados, ainda não é possível fazer uma correlação entre as notícias falsas e uma redução no uso do Pix, sendo necessário mais tempo para se entender o comportamento das estatísticas.

Apesar de todo o alvoroço que as fake news têm provocado, o sentimento é de que o conforto e a facilidade que o Pix proporciona aos brasileiros vão superar qualquer tipo de ruído.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?