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Após atos de 7 de setembro, dólar encosta em R$ 5,30 e Bolsa despenca

Se de manhã o cenário já era preocupante com a moeda norte-americana chegando a R$ 5,20, à tarde os números ficaram ainda piores

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), durante discurso para apoiadores na manifestação contra o STF na Avenida Paulista 2
1 de 1 O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), durante discurso para apoiadores na manifestação contra o STF na Avenida Paulista 2 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O mercado continua a reagir mal às consequências dos atos pró-governo Bolsonaro de 7 de setembro. Os ativos domésticos seguem em queda expressiva. Se na manhã desta quarta-feira (8/9) o cenário já era preocupante com a moeda norte-americana chegando a R$ 5,20, à tarde os números ficaram ainda piores.

Às 15h35, o dólar à vista era negociado a R$ 5,2981, com alta de 2,86%. Enquanto isso, outro importante indicador derretia: o Ibovespa, principal índice da B3, a Bolsa de São Paulo, marcava 114.388,70 pontos, em queda de 2,95%.

Na avaliação de especialistas ouvidos pelo Metrópoles, a tensão entre os Poderes provocada pelo discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no feriado da Independência causou uma crise institucional que “não prevê solução à vista que possa trazer alívio”. Isso deve ter impacto direto na economia a médio prazo.

Após as falas dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, por exemplo, o Ibovespa chegou a cair 3,13%.

Em seu pronunciamento, o ministro frisou que o desrespeito a decisões judiciais pelo governo configura crime de responsabilidade. Trata-se de uma resposta à declaração feita por Bolsonaro de que não cumprirá mais as determinações do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Lira também citou o problema do “radicalismo” e disse não haver mais espaço para “excessos”. Sem falar nomes, o congressista afirmou, ainda, que não pode “mais admitir questionamentos” sobre a questão do voto impresso. Para a economia, contudo, as tensões devem ser determinantes no Congresso.

“O receio, hoje, no mercado é que as reformas irão simplesmente parar tanto na Câmara quanto no Senado e isto está se traduzindo numa queda relevante do Ibovespa e também no dólar”, afirmou o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito.
Outra avaliação do especialista é de que os juros devem aumentar diante da tensão entre os Poderes. “Por temer que não haja reformas, foi elevado o prêmio de risco, o que pressiona a taxa de juros”, explicou.
Além disso, conforme o Metrópoles já mostrou, a alta do dólar prejudica o país na compra de itens básicos do dia a dia do brasileiro, como gasolina, gás, commodities e uma série de alimentos que são afetados pela cotação da moeda americana.

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