metropoles.com

Após acordo, oposição recua e desiste de obstruir texto da Previdência

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, garantiu que o relatório da Previdência não terá estados e municípios

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Deputado Marcelo Ramos
1 de 1 Deputado Marcelo Ramos - Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A oposição não vai mais obstruir a leitura do parecer da reforma da Previdência, prevista para esta quinta-feira (13/06/2019). Segundo o presidente da comissão especial da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), foi feito um acordo entre governo e oposicionistas para deixar que todos os deputados inscritos – membros ou não membros – falem, sem a apresentação de um requerimento de encerramento da discussão.

“Melhor um debate longo do que um dia inteiro falando nada”, comparou o deputado. Ramos afirmou ainda que cedeu nos pontos demandados pela oposição, ao passo que também ajudou nas demandas do governo. “Quem tem voto, vota. Quem não tem, discute. Quem disse que o governo tem voto para garantir o encerramento da discussão?”, questionou.

A leitura do parecer está marcada para as 9h30 desta quinta. Às 9h, será aberta a lista de inscrição, que será encerrada apenas na terça-feira (18/06/2019), quando o primeiro deputado inscrito falar. O calendário previsto por Ramos leva em consideração um pedido de vistas, que dura de sexta (14/06/2019) a segunda (17/06/2019). Com isso, a leitura que começa na terça estende o período de discussão para a semana de São João.

O presidente está confiante de que terá, em todas as sessões, ao menos 25 membros presentes, o quórum mínimo para começar uma sessão. Entretanto, o parlamentar afirmou que o período ideal de votação seria depois do feriado, na primeira semana de julho. “Mas tudo vai depender do número de inscritos”, pontuou.

Estados e Municípios
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), confirmou nesta quarta-feira (12/05/2019) que o parecer do relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), não incluirá estados e municípios nas mudanças das regras da aposentadoria.

De acordo com Maia, a exclusão é uma decisão “política” e ressalta que não é permanente, uma vez que ainda será firmado um acordo entre governadores e lideranças para decidirem se incluem ou não os estados e municípios por meio de emendas.

“O parecer vai vir sem estados e municípios, mas podem ser incluídos por meio de emenda. É uma questão política. Vem sem estados e municípios para reintroduzir [por emendas]”, destacou.

A previsão do presidente da Casa é que a votação na comissão especial ocorra no próximo 25 de junho e depois seguirá para análise no plenário. “Vamos votar na comissão dia 25. Mas ainda não há acordo firmado com governadores”, acrescentou.

Maia explica que essas alterações podem ocorrer até a votação da proposta de emenda à Constituição (PRC) 6/2019 no plenário. Mas espera que ocorra antes da primeira semana de julho, período provável para a votação do projeto pela Câmara.

“Vai depender da capacidade de diálogo com governadores até dia 25. Até o fim das discussões, o relator pode complementar o voto”, justificou.

Texto segue aberto
Apesar da pressão da oposição, o relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), faz questão de ler o parecer sobre a proposta enviada pelo governo na quinta-feira (13/06/2019), na comissão especial.

Entretanto, de acordo com parlamentares próximos ao tucano, o relatório ainda não está fechado. Há três pontos que seguem em aberto: as novas regras de abono salarial, a questão de estados e municípios e o regime de capitalização.

Atualmente, o abono é concedido a trabalhadores que ganham até dois salários mínimos e a proposta da equipe econômica é restringir a quem recebe o piso. Uma proposta intermediária, de 1,4 salário mínimo – R$ 1.397,20 –, contudo, é a hipótese mais forte.

“O relator está se reunindo com o secretário de Previdência, Rogério Marinho, que tem feito cálculos”, disse um parlamentar próximo a Moreira. Quanto à capitalização, “o governo não fala, mas já sabe que ficará de fora. Não muda na economia final de R$ 1 trilhão, uma vez que, se for o caso, chegará ao Congresso por meio de uma lei complementar”.

Presidente confiante
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta terça-feira (11/06/2019), em São Paulo, que está otimista com a aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso Nacional. A afirmação foi feita a jornalistas após reunião com o governador de São Paulo, João Doria, no Pavilhão das Autoridades do Aeroporto de Congonhas, na capital paulista. O ministro da Fazenda, Paulo Guedes, participou da reunião.

“Estou otimista pela aprovação da reforma da Previdência e com quase nada sendo desidratado”, disse o presidente a jornalistas. “Após isso aí [a aprovação da reforma], como o ministro [da Fazenda] vem falando, [teremos] um choque de boas notícias. Acredito que, sem traumas, aprovaremos a nova Previdência.”

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?