Anatel adia parecer sobre leilão de tecnologia 5G para 24 de fevereiro
O presidente da agência, Leonardo Euler, pediu vistas e remarcou decisão. Edital exige das teles altos investimento
atualizado
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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adiou a decisão sobre o edital para implementar no país a tecnologia 5G. Leonardo Euler de Morais, presidente da agência, pediu vistas e agora a discussão só deve ser retomada no dia 24 de fevereiro.
O governo pretende fazer o leilão ainda no primeiro semestre deste ano. A tecnologia 5G vai permitir que a internet seja 100 vezes mais rápida do que a que usamos atualmente.
O relator do caso, Carlos Baigorri, propôs leiloar os 400 MHz, que compõem todo o espectro da faixa de 3,5 GHz. A proposta desagrada às empresas de telecomunicação porque exige a construção de redes novas, o que obrigará as empresas a fazerem altos investimentos.
O Metrópoles apurou que esse foi o motivo para o presidente adiar a discussão. Até agora, o placar está três a dois a favor do relatório de Baigorri, mas os votos podem ser alterados até o último momento.
A Huawei, maior fornecedora de tecnologia 5G do mundo, poderá participar do leilão, conforme a proposta em discussão na Anatel. Nos últimos meses, o alinhamento do governo brasileiro à gestão do ex-presidente americano Donald Trump colocou a participação da empresa chinesa no certame em dúvida.
Nos bastidores, aliados do presidente Jair Bolsonaro trabalham para priorizar companhias norte-americanas no processo. Com a eleição de Joe Biden, essa pressão deve perder força, tanto que o ministro das Comunicações, Fábio Faria, incluiu a China entre os países que está visitando as empresas que fornecem essa tecnologia.
Outra exigência do edital é de que as teles que adquiram 700 MHz e ofereçam tecnologia de 4G nas estradas até 2025. O país soma 46 mil quilômetros de trechos de rodovia sem cobertura móvel. O ministério das Comunicações pede prioridade para as BRs 163, 364, 242, 135, 101 e 116.