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Ambiente externo e disputas no governo Bolsonaro fazem dólar avançar

Bovespa teve novo pregão de perda, determinadas mais uma vez pela aversão ao risco no mercado internacional

atualizado

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1 de 1 dolar_16 - Foto: Arquivo/Agência Brasil

A conjugação de ambiente global de aversão ao risco com temores de diluição da reforma da Previdência, na esteira de disputas internas no governo Jair Bolsonaro (PSL), fez com que o dólar subisse mais um degrau nesta terça-feira (07/05/2019), emendando o segundo pregão consecutivo de alta. Com valorização de 0,29%, a moeda americana fechou cotada a R$ 3,9694. Na semana, o dólar já sobe 0,77%, o que leva a valorização acumulada em maio a 1,23%.

A moeda norte-americana já iniciou os negócios em alta e chegou a correr até a máxima de R$ 4 ainda pela manhã. Operadores notaram um forte movimento especulativo com dólar futuro, desencadeado pelo aguçamento das tensões entre as alas militar e olavista do governo.

A percepção de balbúrdia no governo, que dava força à tese de falta de articulação política, prenunciava uma tramitação acidentada da reforma na comissão especial, levando a uma desidratação acentuada do texto do governo.

O movimento especulativo ainda contava com o pano de fundo externo de valorização global do dólar, em meio a um movimento de aversão ao risco provocado pelas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

As apostas a favor da moeda americana amainaram ao longo da tarde. A corrida ao dólar até os R$ 4 trouxe exportadores ao mercado e deu início a um movimento de realização de lucros de posições comprados.

“O mercado aproveitou essa confusão no governo e a alta lá fora para testar a barreira dos R$ 4. Foi mais um movimento especulativo. Bastou bater nessa resistência de R$ 4 para trazer os vendedores e o dólar voltar”, diz Marcos Trabbold, diretor operacional da B&T Corretora.

Aversão ao risco
O Índice Bovespa teve novo pregão de perdas nesta terça-feira (07/05/2019), determinadas mais uma vez pela aversão ao risco no mercado internacional. Sem defesas contra a má influência das bolsas de Nova York, o principal índice de ações brasileiro fechou em queda de 0,65%, aos 94.388,73 pontos. Os negócios na B3 somaram R$ 15,1 bilhões.

O temor de intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China manteve-se no centro das atenções e justificou as perdas em todos os mercados acionários de relevância no mundo.

A queda do Ibovespa foi considerada “positiva” entre operadores, se comparada às perdas superiores a 2% registradas pelas bolsas americanas. Na mínima do dia, o índice chegou aos 92.749,70 pontos, numa queda de 2,38%.

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