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Amazônia: “Agronegócio não é o grande destruidor”, diz Tereza Cristina

Ministra da Agricultura relativizou dados e disse que queimadas acontecem todos os anos na região

atualizado

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Tereza Cristina
1 de 1 Tereza Cristina - Foto: Divulgação/FPA

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimentos, Tereza Cristina, afirmou nesta sexta-feira (23/08/2019) que o agronegócio não pode ser considerado o “grande destruidor” da Amazônia. Na fala, a ministra relativizou o número de queimadas neste ano, que cresceu 83% em relação a 2018.

“Nós não podemos dizer que, por nesse momento termos uma queimada acontecendo na Amazônia, o agronegócio brasileiro é o grande destruidor e, portanto, vamos fazer barreiras comerciais contra esse agronegócio. Eu acho que está cedo, precisamos avaliar”, disse Tereza Cristina.

A ministra da Agricultura ressaltou que, todos os anos, há queimadas na Floresta Amazônica no período da seca, assim como em outras regiões do mundo, como a Europa e os Estados Unidos. Segundo ela, os países precisam saber o que acontece no Brasil antes de tomarem qualquer medida.

“Estamos vivendo uma seca grande que todo ano a Região Norte do país tem uma definição clara dessa estiagem, ficamos, às vezes, seis meses sem chuva. Este ano está mais seco e tem as queimadas que são maiores. Acho que eles precisavam saber primeiro do Brasil o que está acontecendo, antes de tomar qualquer tipo de medida”, disse.

“Quando houve incêndios em Portugal, neste ano teve incêndio na Sibéria, enfim, teve incêndio no mundo todo também na época de seca da Europa, e o Brasil não foi lá questionar nem pedir para não receber nada. O que a gente precisa é baixar essa temperatura. A Amazônia é importante e o Brasil sabe disso, o Brasil cuida da Amazônia”, complementou.

A ministra ressaltou a importância de diferenciar queimadas de incêndios criminosos. Tereza Cristina disse ainda ser necessário punir os culpados. “Temos que educar. Existem queimadas que, às vezes, são feitas ilegalmente por grileiros, mas não podemos misturar todo mundo. […] Vamos punir quem precisa ser punido”, afirmou.

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