metropoles.com

Alimentos pesam mais no bolso dos mais pobres: veja 10 maiores altas no ano

No grupo alimentação e bebidas, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 5,46% no acumulado do ano

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Felipe Menezes/Metrópoles
mercado supermercado inflação cesta básica
1 de 1 mercado supermercado inflação cesta básica - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

A inflação para famílias que ganham até cinco salários mínimos – o equivalente a R$ 5.225 por mês – apresentou alta de 0,36% em agosto deste ano, segundo dados divulgados nessa quarta-feira (9/9) pelo IBGE.

A taxa, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), é 50% mais alta se comparada à inflação das famílias que ganham até 40 salários mínimos (R$ 41,8 mil), o IPCA, que teve alta de 0,24%.

No caso da inflação das famílias de baixa renda, é o maior resultado para um mês de agosto desde 2012, quando o índice foi de 0,45%. No ano, o INPC geral acumula alta de 1,16%, segundo o IBGE.

Em meio ao caos econômico causado pela pandemia do novo coronavírus, o aumento dos preços foi maior ainda ao se recortar o grupo alimentação e bebidas. No acumulado do ano, a inflação (INPC) foi de 5,43%.

Em algumas capitais, como Fortaleza (CE), Recife (PE), Salvador (BA), Vitória (ES) e Aracaju (SE), o índice ultrapassa os 6%. Ainda no quesito alimentação e bebidas, Brasília (DF), por sua vez, teve alta de 3,1%.

A seguir, veja os 10 alimentos que registraram as maiores altas do ano, de acordo com o INPC:

  1. Manga: 65,2%
  2. Cebola: 53,9%
  3. Feijão (fradinho): 41%
  4. Limão: 35,2%
  5. Feijão (mulatinho): 33,8%
  6. Pimentão: 33,6%
  7. Feijão (preto): 28,7%
  8. Mamão: 24,1%
  9. Fígado: 23,2%
  10. Cenoura: 22,8%

Na prática, isso quer dizer que famílias de baixa renda estão sofrendo mais para comprar os alimentos, uma vez que o grupo “alimentação e bebidas” tem um peso maior para essas pessoas.

Esses consumidores não foram muito recompensados, por exemplo, com a queda no preço das passagens aéreas, de -57,8% no acumulado do ano (IPCA), ao contrário do que acontece com famílias que ganham mais.

Por isso, o peso do grupo alimentos é maior para essas famílias e, consequentemente, a alta dos preços registrados nos supermercados acaba impactando especialmente os mais pobres.

Cesta básica

De acordo com números do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço dos alimentos básicos ficou mais caro em agosto para os consumidores de 13 das 17 capitais pesquisadas.

São Paulo registrou o valor mais alto da cesta: R$ 539,95, alta de 2,9% em comparação com julho. No ano, o preço do conjunto de alimentos aumentou 6,6% e, em 12 meses, 12,15%, segundo o Dieese.

O menor valor da cesta básica, por sua vez, foi registrado em Aracaju (SE), a R$ 398,47, alta de 1,46%.

Isso significa que o novo valor do auxílio emergencial, reduzido de R$ 600 para R$ 300 após aval do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não é suficiente para comprar a cesta básica em qualquer capital do país.

6 imagens
contas, inflação, arrecadação
1 de 6

Inflação atingiu 10,67%, nos últimos 12 meses, no Brasil

Felipe Menezes/Metrópoles
2 de 6

Marcelo Camargo/ABr
3 de 6

Felipe Menezes/Metrópoles
4 de 6

contas, inflação, arrecadação

iStock/ Foto Ilustrativa
5 de 6

Michael Melo/Metrópoles
6 de 6

Michael Melo/Metrópoles

 

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?