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Agência prevê taxa de desemprego do Brasil entre as maiores do mundo

Levantamento foi feito pela agência Austin Rating, a partir de projeções do FMI. Brasil deve ficar em situação pior que demais emergentes

atualizado

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Mão segurando carteira de trabalho com pessoas caminhando na rua desfocadas ao fundo anápolis
1 de 1 Mão segurando carteira de trabalho com pessoas caminhando na rua desfocadas ao fundo anápolis - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Brasil deve figurar entre os países com a maior taxa de desemprego do mundo em 2022, segundo levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, elaborado a partir das novas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia global.

O ranking formulado pela agência inclui as projeções do FMI para um conjunto de 102 países. Na lista, o Brasil aparece com a nona pior estimativa de desemprego no ano (13,7%), bem acima da média global prevista para o ano (7,7%) e da taxa dos emergentes (8,7%). Entre os membros do G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias), o índice brasileiro é o segundo maior – atrás apenas da África do Sul (35,2%).

Além do país africano, nações que devem ficar em situação pior que o Brasil são: Sudão (30,2%), Cisjordânia e Faixa de Gaza (25,7%), Armênia (19,5%), Geórgia (18,5%), Bósnia-Herzegovina (15,7%), Macedônia do Norte (15,7%) e Bahamas (13,9%).

Outros países emergentes têm taxas previstas em patamares menores do que o Brasil. Para a China, que está às voltas com novos lockdowns, a projeção para a taxa de desemprego é de 3,7% em 2022. Para a Rússia, que está em guerra, a estimativa é de 9,3%. Na América do Sul, Argentina (9,2%) e Chile (7%) têm projeção para o desemprego também em patamares mais baixos.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil em 2021 foi de 13,2%, o que indica uma tendência de recuperação em relação a 2020 (13,8%), quando o mercado de trabalho sentiu os maiores impactos da pandemia do coronavírus.

O desemprego no país ultrapassa dois dígitos desde 2016, segundo dados do IBGE. A mínima da série histórica foi registrada em 2014, quando ficou em 6,9%.

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