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Ações da Magazine Luiza despencam e acumulam queda de 92% em 18 meses

Nesta sexta (1º/7), papéis chegaram a ser vendidos a R$ 2,28; em 6 de novembro de 2020, custavam R$ 27,34 – maior valor já registrado

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Luiza, personagem criada pela Magalu
1 de 1 Luiza, personagem criada pela Magalu - Foto: Reprodução

As ações da Magazine Luiza (MGLU3) voltaram a cair nesta sexta-feira (1º/7). Pela manhã, por volta das 10h30, os papéis eram comercializados a R$ 2,28 na B3, a Bolsa de Valores do Brasil. Além desta, as companhias Americanas e Sul América lideram as quedas. O pregão acaba às 17h.

Essas corporações acompanham movimento da própria Ibovespa, que recuou 0,47%, a 98.075 pontos, às 10h28 (horário de Brasília). O caso do Magazine Luiza, porém, vem desde muito antes.

Apenas no mês de junho, o recuo da empresa chegou a 30%. A fortuna da proprietária, Luiza Trajano, também caiu, e ela saiu da lista de bilionários da Forbes. O patrimônio da empresária registra redução desde junho de 2021, quando bateu recorde ao atingir US$ 5,6 bilhões (R$ 28,6 bilhões). Trajano ocupava a 26ª colocação no ranking brasileiro e a posição 2.076 em âmbito mundial.

O índice em queda chama atenção, e não há perspectiva de melhora a curto prazo. Considerando o contexto marcado pelo aumento da taxa de juros e da inflação, com aumento previsto para os próximos meses, a situação tende a se agravar.

Os destaques positivos da bolsa, por outro lado, ficam por conta das empresas Marfrig (BVMF:MRFG3), Suzano (BVMF:SUZB3) e Minerva (BVMF:BEEF3), em alta no índice.

Motivos para a queda

O contexto de instabilidade política e econômica global está entre os fatores que explicam a queda significativa nas ações da empresa. Os patamares baixos são acentuados por um contexto de deterioração macroeconômica, aumento de custo de capital, crescimento de competição e mudança de foco de mercado, de acordo com analistas da XP Investimentos.

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia, e a instabilidade provocada pela nova onda de Covid-19 na China pressionam a inflação, resultando em aumento de juros e queda do poder de compra dos consumidores. Portanto, há diminuição no consumo de bens duráveis — o que penaliza empresas como a Magalu.

O crescimento de empresas estrangeiras no cenário global também é um fator importante na equação.

Diante do contexto, investidores estão optando por priorizar na carteira fundos mais lucrativos, que facilitem a geração de caixa e o crescimento. A expectativa é que o cenário permaneça em baixa pelos próximos meses.

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