Ações da Magalu caem 4,8% e voltam ao nível do pior momento da pandemia
Papéis tiveram queda nesta quarta-feira (17/11) e fecharam cotados a R$ 9,27, menor valor desde 3 abril do ano passado
atualizado
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As ações do Magazine Luiza (MGLU3) caíram 4,83% nesta quarta-feira (17/11), cotadas a R$ 9,27 na B3, Bolsa de Valores do Brasil, e voltaram ao nível do pior momento da pandemia. Trata-se do menor valor desde 3 abril do ano passado, quando fecharam a R$ 8,86.
Os papéis da companhia já haviam registrado forte baixa na terça (16/11), quando terminaram o dia em R$ 9,74, após queda de 12,65%.
A gigante do e-commerce viu o valor de mercado despencar após um período de boas colheitas no fim do ano passado. Em novembro de 2020, as ações do Magazine Luiza valiam R$ 27,39, o maior patamar até agora.
Segundo levantamento da Economatica, empresa que faz estudos sobre a B3, o valor de mercado da varejista em outubro de 2020 era de R$ 159.681.253. No mês passado, caiu para R$ 71.376.727 – uma retração de R$ 88 bilhões, o que corresponde a 55,3%.
Os resultados negativos ocorrem após a empresa revelar que registrou forte tombo no seu lucro durante o terceiro trimestre. Segundo a companhia, o lucro ajustado de julho a setembro foi de R$ 22,6 milhões, com cerca de 90% de queda ante os R$ 215,9 milhões de um ano antes. O cenário impactou principalmente as lojas físicas, que tiveram redução de 8% no período.
A empresa citou como justificativa a desaceleração nas vendas devido à redução do poder de consumo dos brasileiros, além da disparada da inflação e dos juros. Segundo a companhia, esses fatores foram responsáveis pela imagem negativa no mercado de ações.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa de Valores, também registrou forte queda nesta quarta, de 1,39%, caindo a 102.948 pontos – menor patamar desde novembro do ano passado.
Com o resultado, a Bolsa acumula retração de 0,53% no mês e de 13,5% no acumulado do ano.
Questionada pela reportagem sobre a queda no valor das ações, o Magazine Luiza informou que não comentaria o assunto. O espaço segue aberto.