Economistas criticam a reforma da Previdência, a volta da CPMF e o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda
Discussão ocorreu durante reunião com economistas de universidades. Comentários foram direcionados ao secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Manoel Carlos de Castro Pires
atualizado
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O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Manoel Carlos de Castro Pires, ouviu nesta segunda-feira (22/2), durante reunião com economistas de universidades críticas à reforma da Previdência, nos termos que têm sido colocados. Também foram feitas críticas à intenção do governo de recriar a CPMF. As informações foram dadas ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) pelo professor de economia da PUC-SP Antonio Corrêa de Lacerda.
De acordo com o economista, seus colegas também questionaram o suposto desencontro entre as políticas fiscal e monetária no atual governo. “Eu mesmo coloquei para o secretário que os efeitos da política monetária impedem o acerto na política fiscal”, disse Lacerda. O professor acrescentou que o aumento da Selic acaba encarecendo o custo da dívida, retirando do sistema recursos que poderiam ser destinados a investimentos, o que prejudica a arrecadação.Quanto ao retorno da CPMF, segundo Lacerda, os economistas disseram ao secretário que o governo deveria atacar outras frentes, como as reformas estruturais. Segundo ele, a reunião de hoje cumpre promessa anterior do Ministério da Fazenda, de se encontrar com economistas da academia. E um novo encontro, de acordo com Lacerda, será agendado.
Lacerda afirmou ainda que o secretário agiu como se já esperasse receber críticas em relação às políticas que estão sendo adotadas. Pires não respondeu às críticas, mas fez anotações e disse que as levaria ao ministério.