69% das rodovias privadas estão boas condições de tráfego, diz CNT
Pesquisa CNT mostra que o mesmo não ocorre com as rodovias públicas, em que 75,3% das vias foram consideradas regulares, ruins ou péssimas
atualizado
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A maior parte do trecho para tráfego das rodovias privadas, 69%, foram bem avaliadas pela pesquisa da Confederação Nacional do Transportes (CNT) de Rodovias 2022 divulgada nesta quarta-feira (9/11). Das vias concedidas, 31% se encontram em más condições. Já sobre as vias públicas, 75,3% foram consideradas como regular, ruim ou péssima para trafegar e 24,7% consideradas ótima ou boa.
A consulta ainda mostra que 66% das rodovias estão em más condições de uso e 34% em boas condições. No quesito sinalização, 60% das vias ainda carecem melhorias. A pesquisa mostra que 55% do pavimento, ou seja, a condição das pistas, foi considerada inadequada. Os dois últimos itens são importantes para prevenir acidentes.
De acordo com a CNT, em 2021, aconteceram 64.515 acidentes em rodovias federais. Estes causaram um prejuízo de cerca de R$ 12,75 bilhões aos cofres públicos. Os acidentes também causaram a perda de 5.395 vidas ao longo do ano.
Custos, desperdícios e meio ambiente
De acordo com a pesquisa CNT, neste ano, houve consumo considerado “desnecessário” pelo setor, de 1,07 bilhão de litros de diesel fóssil. Isso representa adicional de 2,83 MtCO2eq (milhões de toneladas) emitidos pela combustão de óleo diesel devido às inadequações do pavimento. Isso representa um custou de pelo menos R$ 4,89 bilhões aos transportadores.
Vale destacar que o custo operacional dos veículos é impactado pelas condições do pavimento. A pesquisa afirma que o aumento do custo operacional devido às condições das rodovias é de 33,1% na extensão total. Já o crescimento é de 37,1% para as rodovias sob gestão pública e de 17,8% para as concedidas.
Rodovias deficientes reduzem a segurança viária, aumentam o custo de manutenção dos veículos, além do consumo de combustível, lubrificantes, pneus e freios.