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“É uma crueldade”, diz mãe de menino que morreu envenenado no Rio

Uma criança morreu e outra foi internada com suspeita de envenenamento após comerem doce oferecido por uma mulher

atualizado

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Reprodução/TV Globo
Criança em festa
1 de 1 Criança em festa - Foto: Reprodução/TV Globo

O primo de Ythallo Raphael Tobias Rosa, que morreu por suspeita de envenenamento, contou que uma mulher ofereceu um doce enquanto ambos brincavam na rua. O primo recusou o mesmo alimento, enquanto Ythallo Raphael, de 6 anos, e outra criança, de 7, passaram mal após a ingestão. Eles foram levados ao hospital em momentos distintos.

Ythallo não sobreviveu, e a outra criança permanece internada em estado grave. Os incidentes ocorreram na segunda-feira (30/9) no Rio de Janeiro.

O primo de Ythallo Tobias relatou, em depoimento, que recusou o bombom de chocolate oferecido por uma mulher. Naquele momento, os dois estavam brincando na rua quando a suspeita se aproximou em uma motocicleta, usando luvas e capacete.

O primo não aceitou o chocolate, que estava embalado em um plástico. No entanto, Ythallo comeu o doce e o compartilhou com outra criança que estava com eles, em troca de um pouco do açaí que ele estava comendo no momento.

De acordo com a mãe do primo de Ythallo, “foi um livramento” o filho não ter comido o chocolate. “Ele já sabe da morte do primo. Nem conseguiu dormir direito”, contou. As informações são do Extra.

Ythallo e a criança internada estudavam na mesma escola municipal, na zona norte do Rio de Janeiro.

Brincando na rua

A mãe de Ythallo Tobias, Monique Tobias, contou que o filho estava brincando na rua quando soube que uma mulher havia oferecido o doce.”Ele estava na rua brincando com o primo. Uma mulher passou, ofereceu um doce para o primo, que não aceitou. Ele [Ythallo], como era pequeno, aceitou o doce, comeu um pedaço, andou mais um pouquinho para a frente e ofereceu para o amiguinho dele, que está em estado grave”, contou.

“É uma crueldade. Covardia é pouco. Não tenho nem o que falar. O Ythallo era brincalhão, sorridente, conhecido pela comunidade toda, amado por todo mundo. Ele brincava de tudo”, relatou a mãe.

A avó da criança internada disse que, ao chegar da escola, o neto “estava babando um pouco” e que, ao levá-lo para o hospital, “ele foi ficando roxo”.

A Polícia Civil encontrou grãos de cor amarronzada no estômago de Ythallo, que passarão por um exame toxicológico. A outra criança continua internada. As autoridades estão à procura da suspeita.

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