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São Paulo – O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou nesta sexta-feira (26/2) as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que citou em uma live nessa quinta-feira (25/2) “estudo de universidade alemã” para desestimular, mais uma vez, o uso de máscara.
“É de uma atrocidade o presidente da República do Brasil contestando o uso de máscaras para proteger vidas, seja baseado em qualquer informação, alemã, francesa, portuguesa, de onde for, é de um absurdo atroz. É o retrato do negacionismo expresso na palavra de quem, como líder, deveria proteger vidas e não atentar contra vidas”, afirmou Doria, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
O governador voltou a criticar a postura do presidente em relação à pandemia do novo coronavírus, em “uma mensagem clara e direta a quem não ajudou, não teve compaixão e capacidade de compreender a gravidade dessa crise”. “Porque não quis, porque colocou ideologia, interesses partidários, pessoais, mórbidos. Não foi uma gripezinha, não foi um resfriadozinho, foi a mais grave crise de saúde do país, que vive momento de agravamento”, disse.
Em outra menção à live de Bolsonaro, Doria questionou outras atitudes do presidente. “Como pode um líder desdenhar de quem usa máscara? Chamar de covarde quem fica em casa, sobretudo com mais idade, que precisa se proteger contra o vírus? Como pode recomendar a cloroquina como medicamento salvador, se não é? Como pode um líder não ter vacina? Não ter seringa para aplicar vacina? Não ter planejamento para distribuir? Em vez de mandar para um estado, manda para outro. Que triste o Brasil diante de uma situação tão grave como essa”, emendou o governador.