“É um simbolismo, mas sigla não será da base”, diz Bivar sobre Sabino
Luciano Bivar, presidente do União Brasil, mesmo partido do novo ministro do Turismo, disse que sigla segue sem apoiar o governo Lula
atualizado
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O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, disse, nesta quinta-feira (3/8), que, apesar de orgulhosos por compor o governo, o partido não será da base. A fala foi feita após a posse do novo ministro do Turismo, Celso Sabino, do União Brasil.
“Foi um convite ao ministro Celso Sabino para integrar o conselho de ministros de governo, e o União Brasil se sentiu envaidecido por isso. Em emprestar um quadro significativo e qualificado para compor o governo. É natural isso. Vai apoiar o governo? Não. Mas isso é um simbolismo e, efetivamente, dá uma musculatura muito grande para a gente estar cada vez mais integrado à governabilidade desse país”, afirmou Bivar.
Questionado sobre os comandos da Embratur e dos Correios, o presidente do União Brasil afirmou que nada foi discutido sobre o assunto com ele.
“Se essas discussões foram feitas de forma paralela, não chegou à presidência do partido. O que chegou foi o convite ao Celso para ser ministro do governo. Eu fiquei muito feliz”, acrescentou.
O deputado federal Elmar Nascimento, líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, corroborou a fala de Bivar e ressaltou que apenas o presidente da sigla pode dizer se está ou não na base.
“Quem pode falar isso é o presidente do partido (se o União Brasil está na base). Eu falo sobre a bancada. Na bancada, temos as dificuldades de ter uma parte bem majoritária que tem acompanhado o governo, mas também tem de respeitar aqueles que têm diferenças regionais e ideológicas. O governo sabe disso desde o início, dessas dificuldades. É claro que a posse do ministro Celso Sabino vai nos ajudar a poder ajudar o governo”, explicou Elmar.
Cotado Republicanos
Durante o evento, um dos cotados para assumir os próximos ministérios que serão vagos, o deputado Sílvio Serafim Costa Filho (Republicanos) falou que nenhuma conversa está em andamento, mas que aguarda sinalização de Lula.
“Estamos aguardando. O presidente tem o tempo dele. Temos de aguardar o tempo do presidente Lula, que tem sinalizado que vai conversar com os partidos e as lideranças”, detacou o deputado.
Mais cedo, durante entrevista a um pool de rádios de estados amazônicos, o presidente Lula disse que terá conversas nos próximos dias.
“Nós vamos fazer ajustes, porque temos interesse de formar maioria (no Congresso) até o fim do governo para que possamos votar as coisas importantes do governo. As trocas de ministros não podem ser vistas como uma coisa absurda ou menor. É muito importante. Temos partidos muito importantes que querem participar do governo e fazer parte da base”, destacou Lula na transmissão.
Assim como afirmou na terça-feira (1º/8), durante o Conversa com o Presidente, o chefe do Executivo declarou que terá conversas com líderes partidários em breve.
“Vamos conversar com esses partidos. Não estou com pressa, as pessoas sabem que eu vou fazer e sabem que o presidente da República tem de tomar muito cuidado, porque, quando você mexe no tabuleiro, não pode mexer numa peça errada ou colocar uma peça errada. Por isso, eu trato com muito carinho isso”, acrescentou o presidente.
“É verdade que eu vou fazer mudanças, mas isso ainda não tá definido qual ministério que eu vou entregar ou qual estado que vai ser beneficiado. Quando eu voltar do Pará, eu vou definir”, completou.