“É preciso devolver a democracia para a Venezuela”, defende Mourão
O general da reserva afirmou, entretanto, que é contrário ao uso de “medidas extremas” no trato com a crise do país vizinho
atualizado
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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse nessa segunda-feira, durante o encontro do Grupo de Lima, na Colômbia, que o atual governo da Venezuela será lembrado pela história por suas “agressões” à soberania do país.
O general da reserva defendeu que agora é necessário “devolver a Venezuela ao convívio democrático” e ponderou que isso deve ser feito “sem medidas extremas”. Para ele, a solução seria convocar eleições presidenciais no país.
Para Mourão, o “regime chavista ameaça a defesa e a segurança no país e não respeita garantias do direito democrático” dos venezuelanos. Para ele, além da falta de liberdade e segurança, a população sofre com os crimes transnacionais envolvendo dirigentes do atual governo.
De acordo com o vice, a iniciativa de bloquear a fronteira com o Brasil, negando ajuda humanitária, foi uma “violação aos direitos humanos” e que, baseado na história do país, a população “não vai se livrar sozinha da opressão”.
No encontro, o Brasil se mostrou solidário aos venezuelanos que queiram deixar o regime ao se dizer “sensível à crise humana e moral que se abate de forma contundente sobre a Venezuela”. “Mais que continente, somos uma parte do mundo ao qual pertencemos e no qual desejamos viver em harmonia com os outros”, completou Mourão, finalizando discurso.