“É inaceitável propor anistia”, diz diretor da PF após ato terrorista
Andrei Rodrigues destacou a gravidade do que houve na Praça dos Três Poderes e enfatizou influência de grupos extremistas ativos no país
atualizado
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O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, destacou nesta quinta-feira (14/11) a extrema gravidade do atentado terrorista ocorrido na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite dessa quarta (13/11). E se posicionou contra a proposta de anistia a participantes de atos extremistas, a exemplo do 8 de Janeiro.
O catarinense Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que se matou após jogar bombas contra o Supremo Tribunal Federal (STF), premeditou o ato e estava no Distrito Federal, segundo Andrei, desde julho. Ele alugou uma casa em Ceilândia (DF), onde foram encontrados mais explosivos e artefatos artesanais produzidos por ele.
Em varredura no imóvel, a PF usou um robô antibombas diante da possibilidade de novas explosões. O ato foi tão premeditado que Francisco deixou um explosivo acionado dentro de uma das gavetas do local. Os policiais só não se machucaram por causa do uso do robô.
“Deixou lá um artefato para, de fato, matar os policiais. Não estamos falando de um grupo de pessoas que quebrou um quadro ou uma cadeira. Estamos falando de armadilhas para matar policiais que estavam fazendo a investigação. Não é aceitável que se proponha anistia para esse tipo de pessoa”, defendeu Andrei.
Relação com o 8 de Janeiro
Até então, acredita-se que o homem-bomba tenha agido sozinho, mas a investigação segue no sentido de colher elementos e novas informações sobre o caso. Pessoas da família de Francisco informaram que ele esteve em Brasília no início de 2023, nos dias em que ocorreu o 8 de Janeiro.
A PF ainda não consegue dizer se ele participou, de fato, das manifestações que acabaram com a invasão das sedes dos Três Poderes, mas avalia que a ação dessa quarta é uma influência de grupos extremistas que seguem ativos no país.
O diretor-geral da PF informou, por exemplo, que o STF continua recebendo ameaças. “É um momento de extrema gravidade. Hoje houve novos envios de mensagens com ameaças à Suprema Corte. Recebi hoje, não sei se o envio foi hoje, mas a informação é de que há novas ameaças ao STF”, expôs Andrei.