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Duas presas mudam versão sobre Monique Medeiros em “atos libidinosos”

Duas detentas, que acusaram mãe de Henry Borel de manter relações íntimas com um de seus advogados, mudaram as versões em sindicância

atualizado

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Aline Massuca/ Metrópoles
Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, falou durante o julgamento na qual é acusada
1 de 1 Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, falou durante o julgamento na qual é acusada - Foto: Aline Massuca/ Metrópoles

Rio de Janeiro – Duas detentas que dividem cela com Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, (acusada de participação na morte do próprio filho), mudaram suas versões a respeito de supostos “atos libidinosos” associados a Monique e um de seus advogados.

Segundo o G1, na última segunda-feira (7/3), Cintia Gomes de Oliveira e Elaine Lessa, colegas de cela de Monique, prestaram um segundo testemunho para retificar o depoimento anterior, prestado em uma sindicância da Corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP).

Desta vez, as duas detentas alegaram que não tinham conhecimento de qualquer relação íntima entre Monique e seus advogados.

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Em 8 de março do ano passado, Henry Borel, filho de Monique, foi levado ao hospital na Barra da Tijuca (RJ) com diversas lesões graves pelo corpo. Na época, o então casal disse à polícia que ele tinha sofrido um acidente doméstico
O acidente, no entanto, foi descartado como causa da morte após perícia do Instituto Médico Legal (IML) constatar que o menino teve hemorragia interna e uma laceração no fígado causada por uma ação contundente
O laudo de reprodução simulada, produzido pela perícia da Polícia Civil, aponta que Henry sofreu 23 lesões externas provocadas por ações violentas no dia da morte
Monique afirmou à polícia acreditar que o filho tinha caído da cama. No relato, ela disse ter acordado por volta de 3h30 e, ao dirigir-se ao quarto, encontrou o filho desmaiado na cama. Jairinho alegou ter visto a queda do menino
A versão foi descartada e o caso passou a ser investigado como tortura. Segundo a polícia, Jairinho dava chutes e golpes na cabeça do menino e Monique sabia das agressões desde fevereiro
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Arquivo Pessoal
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Em 8 de março do ano passado, Henry Borel, filho de Monique, foi levado ao hospital na Barra da Tijuca (RJ) com diversas lesões graves pelo corpo. Na época, o então casal disse à polícia que ele tinha sofrido um acidente doméstico

Reprodução
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O acidente, no entanto, foi descartado como causa da morte após perícia do Instituto Médico Legal (IML) constatar que o menino teve hemorragia interna e uma laceração no fígado causada por uma ação contundente

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O laudo de reprodução simulada, produzido pela perícia da Polícia Civil, aponta que Henry sofreu 23 lesões externas provocadas por ações violentas no dia da morte

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Monique afirmou à polícia acreditar que o filho tinha caído da cama. No relato, ela disse ter acordado por volta de 3h30 e, ao dirigir-se ao quarto, encontrou o filho desmaiado na cama. Jairinho alegou ter visto a queda do menino

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A versão foi descartada e o caso passou a ser investigado como tortura. Segundo a polícia, Jairinho dava chutes e golpes na cabeça do menino e Monique sabia das agressões desde fevereiro

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Semanas antes do crime ocorrer, a babá que cuidava de Henry alertou Monique, por mensagem, sobre um episódio em que Jairinho se trancou no quarto do casal com o menino, que depois deixou cômodo alegando dores e mancando

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Um mês após a morte de Henry, Monique Medeiros e o padrasto foram presos no Rio de Janeiro por atrapalharem as investigações. Segundo a polícia, eles estariam ameaçando testemunhas para combinar versões

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A polícia também afirma que eles teriam apagado mensagens de WhatsApp em uma tentativa de obstruir as investigações. Os aparelhos, no entanto, foram desbloqueados e mensagens de texto e imagens, recuperadas.

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Depois do caso vir à tona, uma ex-namorada de Jairinho contou à polícia que durante o relacionamento com o vereador, ele agrediu a filha dela, que na época tinha 4 anos

Agência Brasil
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Em carta escrita na cadeia, a mãe de Henry afirmou ter sido manipulada, ameaçada e agredida por Jairinho durante o relacionamento. Segundo ela, o ex-namorado a medicava com ansiolíticos e chegou a flagrá-lo colocando remédio em sua bebida

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Jairinho e Monique são acusados pela morte do menino

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Em depoimento de oito horas, Monique fez novas revelações, como a postura agressiva e controladora de Jairinho no relacionamento e a dificuldade de Henry para lidar com o divórcio dela e de Leniel Borel, pai da criança

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Ao depor, a mãe do menino afirmou ter sido treinada pelo ex-advogado de Dr. Jairinho, André França Barreto, para mentir à polícia sobre a morte do filho

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Após a audiência de instrução, o caso aguarda para ser julgado pela Justiça. Jairinho e Monique são réus por tortura, homicídio triplamente qualificado, além de fraude processual, coação no curso do processo e falsidade ideológica

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Para justificar a mudança em seu depoimento anterior, Cintia alegou ter diabetes e sofrer de “momentos de descompensação”. Ela afirmou não se lembrar de nenhum acontecimento envolvendo Monique e um dos seus advogados.

A detenta também afirmou não ter conhecimento de qualquer ameaça sofrida pela professora através do grupo e sete presas que estavam na cela K em Benfica, cadeia na zona norte da cidade.

Mulher de Ronnie Lessa

Elaine Lessa também mudou a versão. Ela é colega de cela de Monique, acusada de tráfico internacional, e casada com Ronnie Lessa, policial reformado acusado de matar a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.

A detenta disse à corregedoria não saber de qualquer ameaça sofrida pela professora. Elaine ainda disse que foi “Fernanda Bumbum” quem acusou a professora de manter relações íntimas com um dos advogados dela na penitenciária.

Elaine falou que soube da história através de uma discussão entre Monique e Fernanda, quando ouviu Fernanda dizer que a professora teria mostrado os seios para um de seus advogados.

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