RJ: drogas escoltadas por policiais iriam para frigorífico de fachada
Polícia Federal prendeu seis policiais civis escoltando caminhão com 16 toneladas de drogas sob orientação do Comando Vermelho
atualizado
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O caminhão com 16 toneladas de maconha escoltado por policiais, presos em operação da Polícia Federal na quinta-feira (19/10), tinha como destino um “frigorífico de fachada”. O estabelecimento em Niterói (RJ) era usado para armazenar drogas negociadas pela organização criminosa Comando Vermelho (CV).
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), a nota fiscal do serviço da carga informava que o caminhão tinha saído de Campo Grande (MS) em 6 de agosto, transportando R$ 35.200 em frango congelado. O destino seria um frigorífico na região metropolitana da capital fluminense. As informações foram divulgadas pelo jornal Extra.
A carne era um disfarce para as 16 toneladas de maconha interceptadas por policiais civis dois dias depois, na altura de Lavrinhas (SP). A ação criminosa foi desarticulada em operação da PF e do MP-RJ, que prendeu quatro policiais civis e um advogado por corrupção e tráfico.
Segundo as investigações, o estabelecimento funcionaria como “fachada”, já que o endereço em questão não é de um frigorífico. Além disso, a mesma localização foi usada em outra nota fiscal forjada, referente a uma carga falsa de 9.682 quilos de frango.
O motorista que transportava essa segunda carga de frango também foi preso. No baú do caminhão, havia 11 quilos de maconha. Edson Siqueira da Silva, que dirigia o veículo, foi detido por agentes da Polícia Rodoviária Federal em São José dos Campos, São Paulo, na pista sentido Rio de Janeiro.
Para o Ministério Público, a semelhança entre os dois casos indica que, “provavelmente, a mesma organização criminosa foi a responsável pelas remessas”.
Entenda o caso
A Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), deflagrou uma operação para prender quatro policiais civis e um advogado por corrupção e tráfico de 16 toneladas de maconha. Os servidores têm ligação com a facção criminosa carioca Comando Vermelho (CV).