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Dr. Jairinho é denunciado por estupro e agressões contra ex-namorada

Denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cita quatro casos de violência contra Débora Mello Saraiva durante relacionamento

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Tânia Rêgo/Agência Brasil
Jairinho, padrasto de Henry Borel Medeiros, ao ser preso no dia 8 de abril
1 de 1 Jairinho, padrasto de Henry Borel Medeiros, ao ser preso no dia 8 de abril - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Rio de Janeiro – O ex-vereador do Rio Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, é alvo de mais uma denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Preso pelo homicídio triplamente qualificado do enteado, Henry Borel, desta vez, ele é acusado de estupro, lesão leve, lesão grave, vias de fato e lesão na modalidade de dano à saúde emocional.

Os crimes foram cometidos contra a ex-namorada Débora Mello Saraiva, com quem Jairo se relacionou entre 2014 e 2020. O médico também foi denunciado, em junho, por torturar o filho dela, que tinha 3 anos quando foi agredido.

De acordo com a denúncia, ele praticou os crimes em ocasiões distintas. A mais recente foi em 2020, quando o ex-casal passava um fim de semana em Mangaratiba, na Costa Verde fluminense. O órgão afirma que o médico arrastou a vítima para o jardim e a agrediu com um “mata-leão” depois de Débora não deixá-lo ver o telefone celular dela.

Também no ano passado, Débora foi agredida com “violentos puxões de cabelo e um soco na lateral da face” por Jairo. Alterado, ele foi até a casa da vítima e cobrou explicações sobre um comentário que Débora havia feito em redes sociais.

Além disso, a denúncia coloca outros dois episódios de violência. Em outubro de 2015, o médico drogou Débora e praticou “ato libidinoso diverso da conjunção carnal”, sem o consentimento da vítima. Já em dezembro de 2016, “cometeu ofensas verbais e agressões físicas mediante chutes, tendo atingido sua então namorada no pé, o que levou à fratura da 4º artelho”.

O Ministério Público ressaltou que, durante o relacionamento com Débora, Jairo usou “diversas táticas de atemorização” para intimidá-la. Dentre elas, estão: rondar a residência da vítima; aparecer em lugares onde a vítima se encontrava, sem avisar; ameaçar a vítima e os filhos; exigir que a vítima deixasse o emprego em troca de autonomia financeira; utilizar o então cargo político para mostrar que poderia fazer o que quisesse e que não seria punido; entre outras.

O órgão também diz que, em uma das invasões a domicílio praticadas por Jairo, ele se deparou com a sogra “de roupas íntimas”.

Além disso, o MP afirma que, entre novembro de 2014 e outubro de 2020, o médico ocasionou “danos à saúde mental” da vítima, que desenvolveu ansiedade e precisou ser atendida de emergência com 230 batimentos cardíacos por minuto em repouso.

Dr. Jairinho está preso desde abril deste ano acusado de homicídio triplamente qualificado e tortura contra o menino Henry Borel, de 4 anos. A mãe da criança, Monique Medeiros, também está presa.

Ele já foi denunciado três vezes por tortura contra crianças, inclusive um dos filhos de Débora Saraiva e a filha de Natasha de Oliveira Machado, outra ex-namorada.

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