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Doses de SP podem ser realocadas se prejuízo for provado, afirma Queiroga

Afirmação foi feita um dia após o governador de São Paulo acusar o Ministério da Saúde de enviar 50% a menos de doses da Pfizer ao estado

atualizado

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Marcelo Queiroga
1 de 1 Marcelo Queiroga - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que pode realocar vacinas contra a Covid-19 para o estado de São Paulo. A entrega, no entanto, só será realizada se houver provas de que a região foi desfavorecida no envio de imunizantes.

A declaração foi dada nesta quinta-feira (5/8), um dia após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acusar a pasta de enviar 50% a menos de doses da Pfizer ao estado.

Na quarta-feira (4/8), Doria afirmou que a carga de Pfizer deveria ter sido entregue na última terça (3/8), mas foi reduzida à metade sem justificativa. Por outro lado, o Ministério da Saúde disse que a redução ocorreu porque o estado teria recebido unidades extras da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan.

Esses imunizantes, segundo o ministério, deveriam ter sido entregues para outros estados. Por isso, a região acabou recebendo menos vacinas da Pfizer, defendeu a pasta. Em nota, a assessoria do governador João Doria afirmou que a justificativa do governo federal é “mentirosa”.

Nesta quinta, Queiroga afirmou que o secretário de Saúde do estado de São Paulo estava ciente da redução das vacinas. O ministro defendeu que o número de doses foi acordado em reuniões da Comissão Intergestores Tripartite (CIT).

O titular da pasta da Saúde disse que, caso seja provado que São Paulo foi desfavorecido, as unidades podem ser enviadas normalmente ao estado.

“Da minha parte, se ficar demonstrado que não houve essa alocação adicional para São Paulo, isso pode ser corrigido. Mas creio que a decisão foi tomada pela tripartite de maneira própria”, defendeu.

Questionado sobre a razão dos problemas entre estados e governo federal na entrega do imunizantes, Queiroga disse haver uma “guerra de vacinas”.

“Há uma guerra de vacinas, porque aqui tem variante A, tem variante C, sou região de fronteira. A gente tem que administrar isso, primeiro levando em consideração os aspectos epidemiológicos da pandemia, e também a soberania da decisão do comitê gestor tripartite. Só assim a gente consegue harmonizar essas relações”, frisou.

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Marcelo Queiroga aplicou vacinas contra a Covid-19 em autoridades federais
João Doria
O Governador João Doria (PSDB) acompanha a liberação de um novo lote de vacinas do Instituto Butantan ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde.
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Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga

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Marcelo Queiroga aplicou vacinas contra a Covid-19 em autoridades federais

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João Doria

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O Governador João Doria (PSDB) acompanha a liberação de um novo lote de vacinas do Instituto Butantan ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde.

Foto: Fábio Vieira/Metrópoles
Judicialização

Segundo o jornal O Globo, Doria vai acionar a Justiça contra o governo federal. O veículo apurou que a Procuradoria-Geral de São Paulo estaria autorizada pelo governador para entrar com ação ainda nesta semana.

Nesta quinta, Queiroga reconheceu que procurar a Justiça é um direito de todos, mas acredita que resolver o problema no “âmbito administrativo” é a melhor opção.

“A judicialização é um direito que todos têm, mas não a defendemos como forma de implementação de políticas públicas. Se busca o Judiciário para satisfazer essas irresignações, mas penso que essas questões devem ser discutidas no âmbito administrativo, o Poder Judiciário já anda abarrotado de ações, já tem muitos problemas. Por que nós não buscamos no caminho da tripartite?”, assinalou o ministro.

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