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Dos 12 estados que não atingiram 60% de imunizados, sete são do Norte

Nenhum estado da região completou o ciclo vacinal em 60% da população até agora. As demais cinco UFs são do Nordeste e do Centro-Oeste

atualizado

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Aline Massuca/ Metropoles
Enfermeira em um posto de saúde no Rio de Janeiro prepara a dose da vacina contra Covid-19
1 de 1 Enfermeira em um posto de saúde no Rio de Janeiro prepara a dose da vacina contra Covid-19 - Foto: Aline Massuca/ Metropoles

Em todo o país, 65,09% da população brasileira está com o ciclo vacinal que garante a imunização contra a Covid-19 completo. Um total de 138.844.928 indivíduos tomaram a segunda dose ou dose única de vacinas. O número, contudo, esconde disparidades encontradas nas unidades federativas do país.

Enquanto alguns estados, como São Paulo, comemoram índices como 76,68% de imunizados contra a doença, outros, como o Amapá, amargam uma fatia de apenas 38,77% da população com a vacinação completa. É justamente no Norte que a campanha mais custa a avançar. Nos sete estados da região, a imunização está abaixo dos 60%. 

Outros estados que também não alcançaram a porcentagem são Alagoas (53,80%), Bahia (56,11%), Goiás (58,11%), Maranhão (48,58%) e Mato Grosso (57,49%). No total, portanto, 12 das 27 unidades da Federação estão abaixo de 60% da população com o ciclo vacinal completo. Sul e Sudeste são as únicas regiões do país em que todos os estados atingem o percentual.

Os dados foram analisados pelo (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles, e são do consórcio de veículos de imprensa*. 

Veja a seguir como está a imunização em seu estado:

Para Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, os números são reflexo de uma falta de planejamento da saúde pública específica para a região.

“É uma falha logística da região, não de oferecimento de doses. O Norte do país tem dificuldades particulares, que mostram essa desigualdade em relação a outras partes do Brasil, como, por exemplo, as imensas distâncias entre as comunidades”, explica a especialista

As disparidades entre os estados preocupam cientistas e especialistas, que observam com apreensão a chegada da variante Ômicron ao país. Até o momento, são seis os pacientes com infecção confirmada pela Ômicron no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, nenhum apresentou sintomas graves da doença e todos estariam cumprindo isolamento social. Outros nove casos ainda estão sob investigação.

“Esta desigualdade que nós temos preocupa muito, ainda mais com a facilidade de circulação de pessoas pelo país, que podem ocasionar a disseminação do vírus” explica. Para Stucchi, essa situação, aliada a novas decisões de revogação de medidas sanitárias, pode ocasionar problemas futuros ao país no controle da pandemia.

“Com um pouco mais de 60% de imunizados, as autoridades brasileiras se comportam como se estivessem todos imunizados, e com doses de reforço de sobra, o que não é a realidade”, diz.

Segundo informou o Ministério da Saúde ao Metrópoles, a pasta vem realizando ações em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e as Secretarias de Saúde dos estados e municípios para ampliar a cobertura vacinal, em toda a região, com as doses já disponíveis. Ainda segundo o Ministério, algumas UFs chegaram a pedir a suspensão do envio de novas remessas de imunizantes, alegando falta de espaço para armazenagem.

Veja o que se sabe até o momento sobre a Ômicron:

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Pfizer e AstraZeneca são desenvolvedoras das principais vacinas contra a Covid-19
A Ômicron é considerada pela OMS como uma variante de preocupação. Ainda não se sabe se ela resiste à proteção oferecida pelas vacinas contra a Covid-19
Laboratórios estudam fabricação de nova vacina contra variante Ômicron
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A variante Ômicron foi reportada à OMS em 24 de novembro de 2021 pela África do Sul

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Pfizer e AstraZeneca são desenvolvedoras das principais vacinas contra a Covid-19

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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A Ômicron é considerada pela OMS como uma variante de preocupação. Ainda não se sabe se ela resiste à proteção oferecida pelas vacinas contra a Covid-19

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Laboratórios estudam fabricação de nova vacina contra variante Ômicron

Michael Sohn - Pool/Getty Images

* O consórcio de imprensa é composto pelos veículos G1, O Globo, Extra, Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL.

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