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Doria vai ao STF se Ministério da Saúde não reabilitar leitos da Covid-19

Ministério da Saúde diz que transferiu R$ 126,5 milhões para SP, “dos quais 22,35% (R$ 27.834.843,14) eram destinados a leitos de UTI”

atualizado

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O governador João Doria (PSDB), participa do início da vacinação drive-thru na praça Charles Miller, zona oeste de São Paulo, nesta segunda-feira (8/2).
1 de 1 O governador João Doria (PSDB), participa do início da vacinação drive-thru na praça Charles Miller, zona oeste de São Paulo, nesta segunda-feira (8/2). - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que esperará, até o fim desta segunda-feira (8/2), por uma posição do Ministério da Saúde sobre a habilitação de leitos de internação para Covid-19 que deixaram de ser custeados pelo governo federal.

Caso o Ministério da Saúde não se pronuncie, o governo de São Paulo diz que a Procuradoria-Geral do estado está pronta para judicializar a questão no Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao Metrópoles, o Ministério da Saúde diz que o governador paulista “mente ou tem total desconhecimento do ato”, referindo-se aos últimos decretos e portarias relacionados ao tema. A pasta diz que não há ato administrativo de desabilitação de leitos, apenas o término do prazo de decreto legislativo de estado de calamidade pública.

O Ministério da Saúde também diz que, em 30 de dezembro de 2020, transferiu R$ 126,5 milhões ao estado de São Paulo, “dos quais 22,35% (R$ 27.834.843,14) eram destinados a leitos de UTI previstos no Plano de Contingência Estadual”.

Segundo o governo estadual, o Ministério da Saúde desabilitou 3.258 leitos exclusivos para a Covid-19 no estado. Ele tem destacado que as unidades de UTI foram desativadas apesar do agravamento da pandemia.

“O SUS é uma conquista do Brasil, de todos os brasileiros. O Ministério da Saúde quebra o pacto federativo ao impor a São Paulo a desabilitação de leitos. Estabelece viés político no comportamento do ministério no enfrentamento de uma crise gravíssima”, disse João Doria, no dia 5 de fevereiro.

Quando há uma “habilitação”, o governo federal se obriga a repassar recursos para o Sistema Único de Saúde (SUS) local.

Doria afirmou que esse problema não é apenas de São Paulo e que ele se junta a grupos de governadores de outras regiões do país, citando a região Norte.

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Governador reiterou início da vacinação em janeiro
Coletiva do governador de São Paulo, João Doria, sobre a Coronavac
João Doria afirmou que 12 estados já pediram doses da Coronavac
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Resposta do Ministério da Saúde

Em nota ao Metrópoles, o Ministério da Saúde diz que “não houve e nem há nenhum ato administrativo de desabilitação de leitos de UTI para Covid-19, pois os atos normativos do Ministério da Saúde são pactuados de forma tripartite com o CONASS e o CONASEMS e são publicados por meio de portaria em Diário Oficial da União.”

Seguindo essa abordagem, o Ministério da Saúde diz que a liberação de recursos da entidade está conforme o ordenado pelo “Decreto Legislativo nº 6, de Estado de Calamidade Pública”, que acabou no dia 31 de dezembro de 2020.

A pasta também declara que, em 30 de dezembro de 2020, transferiu R$ 126,5 milhões ao estado de São Paulo, “dos quais 22,35% (R$ 27.834.843,14) eram destinados a leitos de UTI previstos no Plano de Contingência Estadual”. O ministério também afirma que repassou, no mês de janeiro de 2021, mais R$ 732,8 milhões ao estado de São Paulo, além de R$ 1,2 bilhão aos municípios do estado.

O Ministério da Saúde encerra a nota dizendo que o “o governador do Estado de São Paulo mente ou tem total desconhecimento do ato. Como o ônus da prova cabe àquele que acusa, resta ao governador comprovar o que chamou de crime e de quebra de acordo federativo. Esse tipo de desinformação é um desserviço ao povo brasileiro”.

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