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Doria: Rio Pinheiros nunca será para banho, mas transporte é possível

Governo de São Paulo apresentou resultados do trabalho de despoluição feito no Rio Pinheiros e planos para o espaço

atualizado

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Hyndara Freitas
Rio Pinheiros
1 de 1 Rio Pinheiros - Foto: Hyndara Freitas

São Paulo – Nesta quinta-feira (24/3), o governo de São Paulo apresentou resultados do trabalho de despoluição feito no Rio Pinheiros, que percorre as zonas sul e oeste da capital: 85% do rio tem mais oxigênio do que poluição, um índice que possibilita que haja vida aquática e que não exale odor.

Com isso, o governador João Doria (PSDB) disse que vê possibilidade de transporte fluvial e prática de esportes por lá no futuro, mas descarta que um dia a água seja própria para banho.

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Projeção de como ficará o Rio Pinheiros.
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Usina São Paulo, local onde haverá um complexo de lazer.

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Projeção de como ficará o Rio Pinheiros.

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“O uso fluvial será considerado, sim, num futuro próximo, também para algumas atividades desportivas e demonstrativas, como o evento Boat Show e competições de vela, por exemplo”, falou Doria.

O diretor da Sabesp, Benedito Braga, explicou que como trata-se de um rio urbano que está poluído há muitos anos, não seria possível beber sua água ou nadar nela, “da mesma forma que no Tâmisa e no Sena também não é possível”.

O governo mediu a poluição em demanda bioquímica de oxigênio (DBO), uma unidade que quantifica o oxigênio perdido na água por conta da poluição, uma das métricas mais utilizadas no mundo para verificar a limpeza de um rio.

Com o rio mais limpo, agora Doria aposta em um complexo de lazer luxuoso no local. Em parceria com a iniciativa privada, anunciou um sistema de lazer na Usina São Paulo, que terá um mirante, um centro de eventos e shows, centro de gastronomia, um cinema a céu aberto e espaço para escritórios corporativos, e será anexado ao Parque Bruno Covas.

O local terá entrada gratuita e será anexado ao Shopping Cidade Jardim, estabelecimento que reúne lojas de grifes e também residências para pessoas com alto poder aquisitivo. A poucos quilômetros dali, está a favela do Real Parque. A obra é tocada pelos grupos RFM e JHSF, focada em empreendimentos refinados, como o grupo Fasano.

Doria afirmou que o local será democrático: “Toda a frequência desta área é livre você poderá frequentar, aqui não é um espaço onde você precisa pagar ingresso. Basta vir e utilizar. Apenas em gastronomia, shows, eventos, aí terá que pagar”, afirmou.

Segundo o governo, a obra deverá ser concluída em cerca de dois anos e inclui a construção de uma ponte e de acessos aos pedestres, inclusive para as estações de trem da linha 9-Esmeralda da CPTM. Atualmente, o único acesso para a Usina São Paulo é de carro, pela via expressa da Marginal Pinheiros, ou pela ciclovia que fica às margens do rio.

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