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São Paulo – O governador de São Paulo, João Doria, realiza nesta segunda-feira (25/01) um ato no Palácio dos Bandeirantes para estimular a vacinação contra a Covid-19 com a participação dos ex-presidentes José Sarney, Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer.
Segundo o governador, o encontro não tem motivação política. “Não é um encontro político. É um encontro institucional. A favor da vida e da vacina”, ressaltou Doria. “O encontro não é de ordem política, é de ordem humanitária”, disse.
“Pessoalmente eu convidei todos os ex-presidente da República do Brasil, entendendo que esse ato, esse gestão, não seria, e como não é, um ato político e muito menos um ato de confronto. Ao contrário, é um ato de união, de solidariedade, de humanidade e de que a vida dos brasileiros está acima de qualquer sentimento político, partidário ou eleitoral”, acrescentou o governador de São Paulo.
Sarney, que participou do encontro de forma virtual, elogiou a iniciativa de Doria e disse que o momento é de união. “É hora de juntarmos esforços para dizer à população brasileira que colabore com autoridades sanitárias e com governos federal, estadual e municipal nessa luta. É uma apelo pela vida e saúde de todos os brasileiros”, afirmou.
Temer declarou que o combate ao novo coronavírus é tão importante quanto a economia. “A vida se vai e a economia de recupera. Que as vacinas venham de onde vierem, desde que bem testadas”, afirmou o ex-presidente, também pela internet.
“A defesa que nós temos agora é uma só: a vacina ou então cada um de nós ter que se cuidar. É fácil dizer ‘fique em casa’ para quem tem casa. Minhas primeiras palavras são para aqueles que não têm como se defender”, declarou FHC, presente no Palácio dos Bandeirantes. “O Brasil tem que aproveitar esse momento para sentir solidariedade prática.”
O governo paulista planejava começar a vacinação no estado no dia 25 de janeiro, data do aniversário de São Paulo. Doria deu início à imunização, no entanto, no dia 17 de janeiro, logo após a liberação do uso emergencial da Coronavac pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O governo paulista convidou, em dezembro, todos os ex-presidentes para serem imunizados contra Covid-19. Devido à escassez de vacinas, mudou os planos e decidiu realizar apenas um ato. Fernando Collor, Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva recusaram o convite de Doria.
Em nota na última quinta-feira, Dilma alegou que não gostaria de ser vacinada neste momento, por não fazer parte do grupo prioritário. Lula anunciou no mesmo dia que foi diagnosticado com Covid-19, em viagem a Cuba. Collor informou que não poderia participar.