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Doria rebate Carlos Bolsonaro sobre inflação: “Vive de rachadinha”

Em troca de farpas no Twitter, o governador de SP chamou o filho “02” do presidente Bolsonaro de “Tonho da Lua” e ironizou alta de preços

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1 de 1 coletiva doria sp - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), rebateu, nesta terça-feira (20/4), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) – que havia atribuído o aumento da inflação no Brasil ao gestor tucano.

Em publicação no Twitter, Doria chamou o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “Tonho da Lua”, em alusão ao personagem da novela Mulheres de Areia. O governador afirmou que até Ruthinha, protagonista da série televisiva, sabe que a “culpa dos preços altos é do papai”.

“O Brasil tem inflação acumulada de 87,5% nos 12 meses encerrados em fev/21 – [segundo o] IBGE. Até minha calça apertada está mais cara”, ironizou Doria.

Os números apresentados por João Doria são um recorte da alta de preços nas indústrias extrativas, que chegou a 87,59% no acumulado em 12 meses encerrados em fevereiro de 2021, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Taxa “oficial” da inflação brasileira, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), porém, teve aumento de 6,1%, no acumulado de 12 meses fechados em março de 2021.

Nas redes bolsonaristas, o governador Doria, hoje desafeto da família Bolsonaro, é chamado de “calça apertada” por conta das vestimentas justas utilizadas pelo gestor. O apelido, que tem derivações como “calcinha apertada”, é usado de forma pejorativa, para sugerir uma suposta falta de masculinidade.

“Vive de rachadinha”, diz Doria

O tucano ainda disse que “só a família que vive de rachadinha não sofre com aumento dos preços”. Doria se referiu ao esquema de rachadinhas no qual Flávio Bolsonaro (Republicanos) é investigado, em relação ao exercício do mandato de deputado estadual pelo Rio de Janeiro.

Na prática, as rachadinhas são o confisco, por parlamentares, de parte dos salários de assessores de gabinete. O caso repercutiu em 2018, após Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) notar movimentações suspeitas de R$ 1,2 milhão na conta bancária de Fabrício Queiroz, assessor de Flávio.

Na publicação desta terça, Carlos Bolsonaro atribuiu o aumento de impostos a governadores e a parte da imprensa. “Uma caninha 51 e uma calcinha de lycra tamanho P para quem errar.”

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