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Doria nomeia procurador de São Paulo para diretor do Ilume

Novo diretor assume Ilume após destituição de Denise Abreu, cujos áudios sobre propinas na PPP da iluminação vazaram

atualizado

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1 de 1 COLETIVA_ONIBUS - Foto: Rafael Arbex/Agência estado

Apenas algumas horas depois de exonerar Denise Abreu, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), indicou o procurador municipal Paulo Nanini nesta quarta-feira (21/3) como novo diretor do Departamento de Iluminação Pública de São Paulo (Ilume). Ele assumirá o órgão após vir a público um áudio onde sua antecessora menciona supostas propinas na PPP da Iluminação, contrato de R$ 6,9 bilhões da prefeitura.

A nomeação de Nanini será publicada no Diário Oficial da cidade desta quinta-feira (22). O novo diretor é procurador municipal há 20 anos e ocupou as assessorias jurídicas das secretarias da Saúde, Habitação, Serviços e Cultura. Seu último cargo foi como superintendente do Serviço Funerário do Município de São Paulo.

Doria também determinou abertura de investigação a respeito do caso pela Controladoria Geral do Município e afirmou que a prefeitura vai colaborar com os trabalhos do Ministério Público, que apura as denúncias.

Exonerada nesta quarta-feira, Denise menciona, em áudio de conversa com uma secretária do departamento, que seria o “último mês” de pagamento porque a empresa não teria “mais contrato”.

“Eu vou te dar os seus três .. Mas a empresa [FM Rodrigues] não tem mais contrato e eu não vou ter como arcar daqui pra frente com isso. É o último mês. Simplesmente não tem como”, falou a então gestora do Ilume nos áudios vazados.

A prefeitura assinou na quinta-feira (8) o contrato com o Consórcio FM Rodrigues/CLD, vencedor da Parceria Público-Privada (PPP) da Iluminação Pública. A empresa deverá assumir programa de modernização do parque de iluminação da capital paulista em uma concessão de 20 anos.

A concorrente da FM Rodrigues era o consórcio Walks, integrado pela WPR Participações – do grupo WTorre -, a Quaatro e a KS Brasil Led Holdings.

A proposta da Walks foi de R$ 23,25 milhões por mês, ante R$ 30,158 milhões ofertados pelo concorrente FM Rodrigues.

Diversas batalhas judiciais foram travadas entre as concorrentes e a Prefeitura excluiu a Walks do certame por considerar que uma das empresas do consórcio é controladora da Alumini, empresa declarada inidônea pela Controladoria-Geral da União.

No áudio, gravado antes do resultado da licitação, a diretora da Ilume, Denise Abreu, afirma ser um “escândalo” a possibilidade de a WTorre – do consórcio Walks – vencer a licitação, e se diz “inimiga da empresa”.

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