Doria: Ministério da Saúde enviou 50% a menos de doses da Pfizer a SP
Governo de SP enviou ofício ao Ministério da Saúde cobrando a entrega de 228 mil doses da Pfizer que deveriam ter chegado na última terça
atualizado
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São Paulo – O governador João Doria (PSDB) disse que o Ministério da Saúde deixou de entregar 228 mil doses de vacinas da Pfizer contra Covid-19 ao estado de São Paulo. Conforme ele, a carga deveria ter sido entregue na última terça-feira (3/8).
O governo disse que recebeu apenas 50% do total que deveria ter recebido referente ao Programa Nacional de Imunização (PNI). O estado de São Paulo, devido à sua população, recebe cerca de 22% das doses do PNI.
“A quantidade foi reduzida à metade sem nenhuma justificativa. Foi uma decisão arbitrária do Ministério da Saúde que representa a quebra do pacto federativo. O governo federal decidiu punir quem fez o certo com menos vacinas. E, com isso, o governo federal compromete o calendário de vacinação de crianças e adolescentes”, afirmou Doria.
Adolescentes
As vacinas da Pfizer são importantes ao estado porque são as únicas com autorização para aplicação em adolescentes. O governo paulista pretende começar a vacinar jovens de 12 a 17 anos a partir de 18 de agosto, iniciando pelos jovens com comorbidades.
Por isso, nesta quarta-feira (4/8), a Secretaria de Saúde de São Paulo enviou um ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no qual pede o envio imediato das doses restantes. No documento, o estado afirma que só foram enviadas a São Paulo 10% das doses do PNI, em vez das 22% que seriam reservadas ao estado.
Ao fim, pede o envio de 228.150 doses restantes da Pfizer em até 24 horas, “considerando a relevância e urgência que a matéria se reveste a fim de evitar prejuízos a população”.
“Engano”
João Gabbardo, coordenador executivo do centro de contingência da Covid-19 de São Paulo, disse que espera que tenha sido “um engano” do Ministério da Saúde. “Nós temos flexibilizações previstas a partir de 17 de agosto, a partir do final de outubro, no início de novembro baseadas na imunização da população, então é fundamental a manutenção dos critérios utilizados para que possamos manter o cronograma”, disse.