Doria diz que problema técnico não estraga eleição: “O extremismo perdeu”
O governador de São Paulo concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (16/11), no Palácio dos Bandeirantes
atualizado
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São Paulo – Os problemas técnicos no sistema do TSE que atrasaram a divulgação dos resultados do primeiro turno das eleições municipais jogam em campos opostos, mais uma vez, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador paulista, João Doria (PSDB).
Pouco depois de o presidente voltar a questionar a confiabilidade do processo eleitoral brasileiro em conversa com apoiadores nesta segunda-feira (16/11), Doria disse que o sistema nacional é exemplo para o mundo.
“Nossa democracia triunfou. A democracia venceu os conspiradores”, disse o governador, em entrevista no Palácio dos Bandeirantes. “Quero reafirmar minha confiança na Justiça Eleitoral. Problemas técnicos na totalização foram superados. O sistema é seguro, moderno e eficiente. Não há razão pra duvidar da eficiência”, completou ele.
Para Doria, “a democracia venceu e o extremismo perdeu”.
Eleição municipal
Doria está envolvido na campanha do aliado Bruno Covas (PSDB) à reeleição na prefeitura paulistana. No domingo (15/11), após as urnas indicarem a ida do atual prefeito e do desafiante Guilherme Boulos (PSDB) ao segundo turno na cidade, o governador esteve no evento de comemoração da vitória.
O governador faz parte dos esforços para unir uma “frente ampla” na eleição paulistana, que acena para candidatos que ficaram pelo caminho, como Celso Russomanno (Republicanos). O acerto, porém, é incerto porque o presidente Jair Bolsonaro, padrinho de Russomanno, tem uma rixa com o tucanato paulista.
“A frente não é contra o Bolsonaro, é pelo Brasil, por um Brasil melhor, solidário, democrático, que respeita as pessoas, a diversidade e a imprensa também”, afirmou Doria no domingo, após votar em São Paulo acompanhado do prefeito Bruno Covas.
Sobre Boulos, que disse no domingo que fará de Doria um dos alvos de sua campanha no segundo turno, o governador disse: “Recomendo que se concentre na prefeitura. Se alguém entra na disputa pela prefeitura pensando no governo do Estado, tem mais chances de perder do que de ganhar”, provocou ele, que, ironicamente, deixou o mandato de prefeito no meio para disputar o governo estadual em 2018.