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Doria diz que adiar entrega dos dados da Coronavac é medida estratégica

Informações conclusivas do estudo do Butantan serão entregues à Anvisa e agência reguladora chinesa ao mesmo tempo

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Fábio Vieira/Especial Metrópoles
João Doria (PSDB), governador de São Paulo, durante coletiva de imprensa sobre a vacina da covid-19, no palácio 1
1 de 1 João Doria (PSDB), governador de São Paulo, durante coletiva de imprensa sobre a vacina da covid-19, no palácio 1 - Foto: Fábio Vieira/Especial Metrópoles

São Paulo – O governador de São Paulo, João Doria, afirmou nesta segunda-feira (14) que foi por estratégia que adiou a entrega dos resultados do estudo da Coronavac à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os dados da fase 3 de testes estavam previstos para serem entregues na terça-feira (15/12).

Segundo Doria, os documentos serão entregue à Anvisa e à agência reguladora chinesa NMPA (National Medical Products Administration) ao mesmo tempo, no próximo dia 23. “Optar por entregar o estudo conclusivo garantirá a aprovação”, disse.

Neste novo cenário, a Anvisa será forçada a analisar o tema em 72 horas, de acordo com legislação aprovada em fevereiro sobre o tema: qualquer remédio contra a Covid-19 que tenha aprovação de agência de vigilância americana, europeia, japonesa ou chinesa deve ser estudada pela agência brasileira nesse período.

Dessa forma, a previsão é que o registro saia ainda este ano e que seja mantido o calendário de vacinação no estado, que deve iniciar em 25 de janeiro.

Presidente do Instituto Butantã, Dimas Covas explica que com essa mudança “podemos solicitar não o uso emergencial, mas o registro do produto. Com isso, a vacina poderá ser disponibilizada a todos os países do mundo que solicitaram a Coronavac”.

A expectativa do instituto é produzir pelo menos meio bilhão de doses no primeiro semestre do ano que vem.

Plano nacional

Em coletiva de imprensa, o governador voltou a cobrar que o Ministério da Saúde apresente um cronograma nacional de vacinação o quanto antes, com todas as vacinas disponíveis no país.

“Infelizmente aqueles que até pouco tempo menosprezavam a Covid-19, chamando de gripezinha, agora começam a criticar os esforço para vacinação dos brasileiros. São os mesmo que acreditaram que iam sanar a doença com cloroquina ou até mesmo com histórico de atleta.”

Seguindo a alfinetada no governo federal, o governador colocou o secretário de saúde do Maranhão (de Flávio Dino, do PCdoB) e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, para discursar. “Não é razoável que se aceite qualquer atraso injustificado para não se iniciar de pronto a imunização do país”, afirmou Lula.

Apesar dos pedidos do governo de São Paulo, ainda não há nenhuma vacina aprovada pela Anvisa no país.

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