Doria diz esperar que Anvisa cumpra “dever humanitário” e autorize vacinas
Declaração foi feita em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (13/1). Governador de São Paulo afirmou que apoia todas as vacinas
atualizado
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse esperar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cumpra o “dever humanitário” e autorize, no próximo domingo (17/1), o uso emergencial das duas vacinas que aguardam o processo: a Coronavac e o imunizante de Oxford.
A declaração de Doria foi feita em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (13/1). Questionado sobre uma possível repercussão negativa sobre a Coronavac, após o anúncio de eficácia global de 50,38%, Doria afirmou estar com a opinião “fortalecida” sobre o imunizante.
“Todas as vacinas consideradas eficazes, de acordo com os cientistas que fazem depoimentos e que estudam o tema, são vacinas que atendem 50% ou mais da taxa de eficácia. Portanto, a vacina do Butantan atende plenamente e deve ser colocada imediatamente após a aprovação da Anvisa para os brasileiros”.
O governador também disse que apoia todas as vacinas que estão em produção atualmente, e que deseja que a Anvisa “cumpra o seu dever científico e humanitário” ao liberar os imunizantes de Oxford e do Instituto Butantan.
“Síndrome do cientista tupiniquim envergonhado”
Ao falar de uma possível repercussão negativa sobre a Coronavac, Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, disse que não tem “síndrome do cientista tupiniquim envergonhado”. O cientista defendeu a eficácia do imunizante e disse que é o melhor apresentado até o momento.
“Ela tem a melhor qualidade, o melhor planejamento, foi o estudo mais econômico, com o maior número de voluntários e que deu uma resposta excepcional. Essa é uma das melhores vacinas disponíveis no mundo”, defendeu Covas.
A possível liberação do uso emergencial das duas vacinas deve ocorrer após reunião da diretoria colegiada da agência reguladora, prevista para o próximo domingo. Caso seja concedida a autorização de uso emergencial, os imunizantes estarão liberados para serem aplicados na população brasileira.