Doria deixa governo de SP com 23% de aprovação e 36% de rejeição
Dados levantados pelo Instituto Datafolha foram coletados entre 5 e 6 de abril. Tucano deixou o cargo no último dia 31
atualizado
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São Paulo – Nova pesquisa do Instituto Datafolha aponta que o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), pré-candidato à Presidência da República, fechou sua gestão com 23% de aprovação dos paulistas e 36% de reprovação.
O levantamento, feito entre terça (5/4) e quarta-feira (6/4), mostra que os índices se mantiveram estáveis em relação à consulta anterior, realizada em dezembro.
Dos entrevistados, 36% consideram a gestão do tucano ruim ou péssima, e 39% veem o trabalho feito por ele como regular. No fim de 2021, 38% consideravam ruim ou péssima, e 37% achavam regular. O índice ótimo ou bom representou 24% dos entrevistados em dezembro de 2021. A margem de erro máxima da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O Datafolha mostra ainda que, em um recorte de entrevistados que consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom, a reprovação de Doria sobe de 36% para 51%. Nesse mesmo segmento, a taxa de quem não confia nas declarações do tucano passam de 42% para 50%.
Entre jovens de 16 e 24 anos, no recorte por faixa etária, Doria tem menos aprovação, apenas 19% consideram seu governo bom ou ótimo. Para os funcionários públicos, o índice ruim ou péssimo é de 54%.
Doria renunciou ao cargo no governo de São Paulo no último dia 31. Rodrigo Garcia (PSDB), seu vice, assumiu o estado. Pesquisa do Datafolha em março deste ano mostra que Doria tem apenas 2% das intenções de voto para presidente.
Jogada estratégica
Pouco antes de anunciar a renúncia ao governo do estado, o tucano comunicou que havia desistido da pré-candidatura à Presidência. Segundo ele, o comportamento foi estratégico.
“Faz parte da vida política ter estratégia para construir caminhos. Não pode agir só emocionalmente”, disse Doria em resposta ao Metrópoles sobre como chamaria sua jogada.
A ameaça de Doria disparou uma crise no PSDB, que motivou o presidente nacional dos tucanos, Bruno Araújo, a redigir uma carta em que se compromete com sua candidatura ao Palácio do Planalto. Conforme adiantou o colunista Igor Gadelha, o impasse foi abafado após a divulgação do texto.