Doria defende protestos do dia 12 e diz estar avaliando se comparecerá
Protesto contra Bolsonaro da “terceira via” foi convocado pelo MBL e tem ganhado adesão de partidos de direita e centro-direita
atualizado
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São Paulo – O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quarta-feira (8/9) que ainda está avaliando se vai comparecer à Avenida Paulista em manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) marcadas para o próximo sábado (12/9). Os atos foram convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e por outros grupos, e alguns partidos de centro e centro-direita já confirmaram adesão, como o PDT.
Doria disse que os que sairão às ruas no dia 12 “são grupos que defendem a democracia, a Constituição e a liberdade”, assim como ele.
“Sobre minha presença ou não, ainda está em avaliação. Porém, como cidadão, defendo e apoio todos que se manifestarão, seja em São Paulo, seja em qualquer outra cidade do país no próximo dia 12, a favor da liberdade, da Constituição e da maioria expressiva dos brasileiros”.
O governador paulista foi questionado a respeito de sua posição sobre uma eventual aliança com o Partido dos Trabalhadores (PT) em um pedido de impeachment suprapartidário. Ele disse que a decisão cabe ao presidente do PSDB nacional, Bruno Araújo.
“Essa é uma decisão que cabe ao presidente nacional do nosso partido, a deputada Gleisi Hoffmann é presidente nacional do PT, e ela deve manter entendimento partidário com o Bruno Araújo. Ontem fiz uma manifestação com uma forte reprovação contra os arroubos autoritários do presidente Bolsonaro, ameaçando a Suprema Corte, ameaçando um de seus ministros nominalmente, ameaçando a democracia”, falou.
“Aqui, defenderemos sempre a democracia e o Estado democrático de direito, porém decisões partidárias cabem a direção nacional do meu partido, o PSDB, a quem confio e a quem delego a minha representação”, acrescentou.
O diretório nacional do PSDB se reunirá nesta quarta, às 14h30, em Brasília, para tratar sobre o impeachment.