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São Paulo – O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), cobrou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mantenha a independência na análise do pedido para uso emergencial da Coronavac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
O instituto, ligado ao governo estadual, deu início nesta quinta-feira (7/1) ao processo para uso emergencial do imunizante.
“Eu quero fazer aqui uma manifestação à Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Que a Anvisa mantenha a sua independência, a sua autonomia pela ciência e pela vida e que em nenhum momento pense em atender a qualquer tipo de pressão de ordem ideológica ou outro tipo de pressão para prejudicar a velocidade imperativa de oferecer a essa vacina a oportunidade de salvar vidas de brasileiros em nosso país”, afirmou governador, em coletiva.
Doria e o presidente Jair Bolsonaro travam um embate em torno das vacinas contra a Covid-19. Nesta quinta, o governo de São Paulo anunciou que a eficácia da vacina CoronaVac é de 78%. Para casos graves, segundo o Butantan, a vacina garantiu a proteção total (100%).
O pedido oficial para o uso emergencial da vacina será feito a partir desta quinta-feira. Segundo Dimas Covas, diretor do Butantan, representantes do instituto realizaram nesta manhã uma primeira reunião com a Anvisa para tratar do assunto.
“Iniciamos [o processo] hoje junto à Anvisa, tivemos uma primeira reunião. O rito prevê uma reunião inicial, que foi feita hoje. A Anvisa recebeu informações e marcou uma segunda reunião no final do dia de hoje, e esperamos poder formalmente iniciar esse pedido de tramitação após essa reunião”, afirmou Covas, durante a coletiva.
A agência, no entanto, nega que o instituto tenha pedido um novo encontro para esta quinta. “O que eu tenho, eu preciso confirmar, é que foi agendada uma reunião ainda no dia de hoje na parte da tarde”, afirmou o diretor do Butantan, ao ser questionado por jornalistas.