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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que a aprovação do uso emergencial da Corovac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é uma “vitória da democracia”.
“É uma lição para aqueles que flertam com a morte e com o autoritarismo”, disse em pronunciamento no qual fez a primeira vacinação, de uma enfermeira negra de 54 anos. O evento enfureceu o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que concedeu entrevista coletiva no mesmo horário e ameaçou até processar o governador de São Paulo pelo que acusou de “marketing” com a vacina.
Doria, em seu evento, repetiu frases do presidente Jair Bolsonaro. “E daí? Toma cloroquina que passa, disse o líder desse país”, cutucou o governador paulista.
O governador elogiou a postura da Anvisa ao liberar o uso emergencial da Coronavac. “A ciência falou mais alto que a ideologia”, disse.
Vacinação
A enfermeira Mônica Calazans, 54 anos, foi vacinada nesta tarde. Ela é, oficialmente, a primeira pessoa a receber o imunizante contra o coronavírus no Brasil. Neste domingo (17/1), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial da vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac.
Depois de ser vacinada, ela recebeu um selo do governador João Doria (PSDB) com a frase: “Estou vacinada pelo Butantan”. “Não sabe o que isso significa para mim e todos os brasileiros”, disse, emocionada. Logo em seguida, o chefe do Executivo de São Paulo iniciou a coletiva, no Hospital das Clínicas.