Doria anuncia pagamento de R$ 100 mil a famílias de vítimas de Suzano
Decreto sobre a indenização será publicado na sexta-feira (15/3). Valores podem variar de acordo com cada situação
atualizado
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Enviado especial a Suzano (SP) – O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criou nesta quinta-feira (14/3) um comitê executivo para viabilizar o pagamento de indenização às vítimas do massacre em Suzano. No total, 10 pessoas morreram, entre elas os dois atiradores.
Um decreto será publicado na edição desta sexta-feira (15) no Diário Oficial e prevê um prazo de 30 dias para o grupo de trabalho determinar os valores a serem pagos pelo governo estadual aos familiares das vítimas. O governador chegou a anunciar um valor aproximado de R$ 100 mil por vítima.
A Procuradoria Geral do Estado, as secretarias da Educação, Segurança Pública e Assistência Social, além de integrantes da Defensoria Pública trabalham para adiantar o processo de pagamento do benefício.
Dória sugere que essa seja uma forma de tentar amenizar a dor das famílias. “Nenhuma ação do governo poderá compensar vidas perdidas, mas, em um momento de tamanha dor e tristeza, é fundamental que essas famílias não enfrentem burocracia e processos lentos”, explicou o governador, ao anunciar a medida. Para ele, é hora de solidariedade e atitude.
Veja imagens do velório que acontece na Arena Suzano:
Entenda o massacre em Suzano (SP)
A escola de Suzano, onde ocorreu o massacre, fica a cerca de 50 quilômetros da capital, São Paulo, e tem ensino fundamental e médio, além de um centro de línguas. Lá estudam cerca de mil alunos e trabalham 121 funcionários.
Vítimas
Entre as vítimas estão duas funcionárias da instituição de ensino, Marilena Ferreira Vieira Umezo e Eliana Regina de Oliveira Xavier. Cinco jovens, todos estudantes do ensino médio, e um comerciante da região também perderam a vida no ataque.
Caio Oliveira, Claiton Antonio Ribeiro, Douglas Murilo Celestino, Kaio Lucas da Costa Limeira, Samuel Melquiades Silva Oliveira estavam no pátio, durante o intervalo das aulas, quando foram surpreendidos pelos tiros.
Jorge Antônio Moraes, dono de uma locadora de veículos que fica ao lado do colégio, foi o primeiro a ser atingido pelos atiradores. Ele seria tio de Guilherme. Jorge foi socorrido e levado ao hospital municipal de Suzano, mas não resistiu.
Durante coletiva de imprensa, o comandante da PM de São Paulo, coronel Marcelo Vieira Salles, afirmou que os agentes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar, impediram que os criminosos entrassem em uma sala de aula e atirassem contra outros 10 alunos, os quais se escondiam no espaço.