Doria ameaça ir à Justiça se ministério entregar menos vacinas para SP
Ministério da Saúde repassou menos vacinas Pfizer para o estado do que o acordado, ameaçando calendário paulista de vacinação
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – Após anunciar que vacinaria contra a Covid-19 toda a população paulista até outubro, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), viu o Ministério da Saúde não entregar o montante acordado de doses da vacina Pfizer que chegaram ao Brasil na noite de quarta-feira (2/6).
Segundo o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, o número de doses que a pasta enviou a todos os estados foi menor do que o esperado, mas a Secretaria de Saúde de São Paulo estuda se essa quantidade foi relativamente menor para São Paulo.
“Nós esperamos que tenha sido [uma redução] justificada, precisamos entender, porque foi uma entrega menor. Precisamos manter a proporcionalidade, esse é o acordo. Caso isso não aconteça, teremos que recorrer às vias de fato”, afirmou Gorinchteyn.
Corrigindo o secretário (vias de fato significa luta braçal), Doria declarou. “Vias de fato talvez ainda não, mas a via judicial, com certeza.”
“Vamos conversar com o Conass, se a redução foi igualitária, nós aceitaremos; mas, se foi maior para São Paulo, nós protestaremos. E eu recomendo que o Ministério da Saúde nem pense em fazer algo assim, seja com São Paulo, seja com outro estado brasileiro”, afirmou o governador.
As declarações foram dadas na manhã desta sexta-feira (4/6), em um centro de saúde em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. De acordo com Gorinchteyn, embora o governo federal tenha reduzido a entrega de vacinas Pfizer, São Paulo manterá calendário de vacinação com esse imunizante para grávidas e puérperas a partir do próximo dia 10 de junho.