Doria afirma que não reabrirá academias, barbearias e salões em São Paulo
O governador admitiu ainda que a medida mais restritiva de isolamento, o lockdown, não está descartada
atualizado
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), comentou sobre o novo decreto presidencial que inclui academias, salões de beleza e barbearias como serviços essenciais e se mostrou contrário às novas medidas. O tucano afirmou ainda que a medida mais restritiva de isolamento, o lockdown, não está descartada.
“Aqui em São Paulo a gente ouve e respeita o secretário da Saúde, respeita e ouve o comitê de saúde. E esses indicam que ainda não temos condições sanitárias seguras para reabrir academias, salões de beleza e barbearia”, explicou. “Nosso maior respeito no momento é garantir a vida deles. Nenhuma alteração será feita na quarentena no estado de São Paulo”, continuou.
Doria prestou solidariedade ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, após o vídeo da reunião no Palácio do Planalto do dia 22 de abril, em que mostra Bolsonaro atacando os dois chefes do Executivo estadual. O presidente chamou Doria de “bosta” e Witzel de “estrume”.
“Quero prestar minha solidariedade ao governador Wilson Witzel que foi covardemente ofendido pelo presidente da República. Não me parece que ofensas e xingamentos possam construir um diálogo. Ofender pessoas não trará nenhuma contribuição para o enfrentamento dessa pandemia”, começou.
Em seguida, o tucano afirmou que defende o diálogo e o respeito. “Governar é muito mais que uma histeria. Governar é ter controle, equilíbrio, capacidade de dialogar e de liderar o povo. Não há mágica para combater o coronavírus e salvar a economia. Há trabalho, compreensão, diálogo e respeito. São Paulo não quer conflito, quer atitudes. Não será com ofensas que vamos encontrar caminhos para ajudar milhões de brasileiros”, finalizou.
Dados da Saúde
Até o momento, o Brasil registrou 177.589 casos, sendo 51.097 em São Paulo. Também foram contabilizados 12,4 mil óbitos no país, sendo 4.118 dessas mortes no estado.